quinta-feira, 27 de setembro de 2012

TARÔ MITOLÓGICO - Arcanos Maiores

Eu encontrei esse Tarô Mitológico na internet  e fiquei muito feliz porque gosto muito desse tarô. Assim estou postando pra vocês.  Façam bom proveito!






O LOUCO

Descrição: Saído de uma caverna e observado por uma ave pousada em um galho, vemos o nascente ao fundo. O rapaz está vestido de peles e tem uma coroa de folhas de vide, além de pequenos chifres na cabeça. Dá um passo rumo ao desfiladeiro, onde pode se precipitar, pois está olhando para o céu ao invés de prestar atenção para onde anda naquele momento.

Simbolismo: A caverna é o inconsciente. Os chifres e a roupa de peles, indicam que ele tem muito da natureza animal instintiva. Olha para o alto: indica ligação com as coisas superiores, mas que está se descuidando das coisas terrenas e nisto há grande perigo. O ideal é que conseguisse mediar ambas as direções, e não dedicar atenção exclusiva a apenas uma delas. Cair no abismo seria perder o juízo, a razão, o discernimento. Estar na montaha significa proteção Divina, mas não deve viver nas nuvens, ou cairá no perigo da imaginação excessiva e da abstração que lhe exporá aos perigos do mundo real.

Análise do arquétipo: Configura a imagem do impulso misterioso dentro de cada um de nós, aquilo que nos impele para o desconhecido. Ele representa o impulso irracional que provoca a mudança, a abertura de caminhos e a ampliação dos horizontes desconhecidos. O Louco está no início de sua jornada, e sempre que somos acometidos pelo impulso misterioso que ele representa, nós também nos colocamos no umbral de uma nova caminhada. Essa carta indica o advento de um novo capítulo da vida, sempre que se faz presente. Existe o risco, mas existe também o desejo de saltar no desconhecido. O Louco é a imagem do nosso misterioso impulso de mergulhar no desconhecido. O nosso lado conservador cauteloso e realista, observa com horror esse espírito selvagem e jovem. A loucura existe perante a nossa parte ligada ao mundo da forma, dos fatos e da lógica. Mas, num sentido mais profundo, não se trata de loucura, mas do impulso da mudança que nos atinge inadvertidamente sem base racional ou plano de ação. O Louco representa a abertura dos horizontes e isso pode ser criativo ou destrutivo ou os dois juntos. Ele pode se precipitar no abismo, mas se não o fizer, pode afundar numa vida monótona, banal e sem sentido, chegando ao seu final perguntado "o que perdemos?" ou "por que o mundo parece tão vazio?"






O LOUCO

Quando aparece numa tiragem de cartas: O Louco inaugura o advento de um novo capítulo na nossa vida. Um risco que devemos correr. O arcano retrata um desafio.

Carta invertida ou não: O Louco é ambivalente, pois não há qualquer garantia de segurança. E não iniciar a jornada significa negar tudo em nós que seja ousado e arrojado.






O MAGO

Descrição: O Mago está em uma encruzilhada apontando para cima e para baixo, e a seus pés encontram-se objetos de poder que são seus símbolos e representam os quatro elementos: A espada (fogo), o cálice (água), o escudo de ouro (terra), o caduceu (ar). As serpentes entrelaçadas do caduceu representam o bem e o mal. O pentagrama no escudo simboliza a eternidade. Os quatro elementos podem estar sob o comando do Mago se ele estiver à altura de comandá-los.

Simbolismo: Apontar para cima e para baixo é uma referência ao Macrocosmo e Microcosmo: "O que está em cima é como o que está em baixo". Estar numa encruzilhada significa que o Mago pode ser um grande homem, sábio, magnânimo e trabalhar pelo benefício dos outros.

Análise do arquétipo: Ele representa o guia. Significa que em algum ponto dentro de nós, sempre vai existir um vislumbre das profundezas do inconsciente para indicar-nos a direção que devemos tomar e que escolhas poderemos fazer. O Mago aponta para os dons e para o potencial criativo, que ainda não se manifestou em nós. Pode surgir como um pressentimento, uma intuição, ou uma sensação de sermos empurrados a aceitar as novas oportunidades. Indica um momento de clareza e de identificação das possibilidades inexploradas. Ele é o guia, quer dizer, em nosso interior, no universo por detrás das pálpebras, mesmo estando confusos ou perdidos, temos recursos inconscientes para intuir a direção a ser tomada e as escolhas a empreender. O Mago é o poder inconsciente que cuida de nós e que aparece por mágica nos momentos mais críticos e difíceis da vida, para orientar e dar sabedoria.







O MAGO

Quando aparece numa tiragem de cartas: O Mago aparece como uma pista repentina ou a descoberta de que temos a disposição mais do que um pensamento. O arcano pode aparecer como uma onda de energia e uma intuição de excitantes novas chances. Ele pressente o discernimento e uma percepção de possibilidades não exploradas.

Carta invertida ou não: O Mago pode seguir pelo caminho do charlatanismo e enganar para servir-se da pessoa. Seguir o guia interior não significa sempre empreender escolhas seguras para garantir bons resultados.

   


A SACERDOTISA

Descrição: Ela segura uma romã e um narcizo. Está entre duas colunas: uma negra e outra branca. Encontra-se na parte de baixo de uma escadaria escura que no alto tem uma porta aberta exibindo uma bela paisagem. Na cabeça uma coroa.

Simbolismo: Os narcisos estão ligados à morte. A romã por suas inúmeras sementes, simboliza a vida. As colunas são uma alegoria do Bem e do Mal. A escadaria é o desenvolvimento espiritual, onde se pode tropeçar em algum degrau. Subindo-se atinge-se conhecimento, simbolizado pela paisagem.

Análise do arquétipo: A Sacerdotisa é uma mulher espiritualizada, que revela forças ocultas e segredos, dotando-nos com esse conhecimento, é a imagem do elo com o misterioso e insondável mundo interior que denominamos "inconsciente". Esse universo contém nossos potenciais a serem desenvolvidos bem como as facetas sombrias e mais primitivas de nossa personalidade. A Sacerdotisa é a lei natural operando dentro das profundezas da alma, que governa o desenrolar do destino a partir de um ponto invisível e que é apenas revelado por meio do sentimento, da intuição e dos sonhos. Ela indica a força da intuição do indivíduo e sugere que haverá um encontro com o mundo interior. O indivíduo pode estar sendo conduzido para esse mundo sem qualquer explicação por intermédio de seu interesse pelas coisas ocultas, pelo esoterismo ou, talvez, pelos efeitos de algum sonho perturbador. Enfim, por algo que de alguma forma lhe diga que existem forças superiores que atuam na vida das pessoas. É uma figura que incorpora nossa parte que conhece nossos mais íntimos segredos. Nas estranhas coincidências está a sacerdotisa, aquela que incorpora um constante vai-e-vem de algo. É uma imagem que governa o desenrolar do destino, que é revelada somente pela sensibilidade e pelo sentimento. Esse arquétipo está ligado à intuição.




A SACERDOTISA

Quando aparece numa tiragem de cartas: Prevê um aumento dos poderes intuitivos e de um sentido interno de que alguma coisa está agindo na vida da pessoa.

Carta invertida ou não: A Sacerdotisa também pode indicar a falta de controle que induz ao misticismo desenfreado e ao fanatismo.



   

A IMPERATRIZ

Descrição: Ela encontra-se colhendo num campo de trigo, onde ao fundo, há uma bela queda d'água. A mulher está grávida e usa uma coroa em forma de castelo.

Simbolismo: O mistério traz a idéia de fertilidade por causa do trigo e da cachoeira. Por causa da coroa, dá ideía também de fortaleza, firmeza de propósitos e sobriedade. A imagem bucólica revela a apreciação dos sentidos e dos simples prazeres da vida cotidiana.

Análise do arquétipo: A imagem da Imperatriz, reflete a experiência da maternidade, que não está restrita apenas aos processos físicos de gestação, nascimento e aleitamento, mas também à experiência interior da Grande Mãe, ou seja: a descoberta do corpo como algo precioso e valioso e que requer muita atenção. É a conscientização de sermos parte da natureza e de estarmos ligados à vida natural. Se não tivermos a Grande Mãe dentro de nós, não poderemos gerar nada e não seremos capazes de dar frutos, pois esse é o aspecto da natureza humana que sabe ter paciência e sabe esperar com tranqüilidade até o momento em que as coisas estejam maduras, quando então teremos condições de agir. Sem ela, não poderemos gostar do nosso corpo e estaremos desligados do sentido natural, colocando-nos num plano puramente intelectual e fantasioso, não respeitando os limites da realidade. Por meio desta carta, poderemos estar no âmago do corpo e dos instintos, como um local de paz e estagnação, de criatividade e limitação.




A IMPERATRIZ

Quando aparece numa tiragem de cartas: A Imperatriz quando surge num jogo, indica a chegada de uma fase da vida mais ligada às coisas terrenas: um casamento, ou mesmo o nascimento de uma criança podem estar prestes a ocorrer. Sugere uma fase da vida mais ligada à família.

Carta invertida ou não: Seu lado obscuro significa estagnação do espírito, apatia e indiferença que neutralizam qualquer possibilidade de mudança. O arcano pode também indicar mudanças, separações e ocorrência de finalizações.





 O IMPERADOR

Descrição: Seu trono está sobre a rocha, cercado por montanhas. Em seu ombro repousa uma águia. Em uma de suas mãos um cetro de raios, e na outra um globo.

Simbolismo: O trono sobre a rocha simboliza a firmeza de sua autoridade e seu poder real é legítimo, isso é confirmado pelas montanhas que representa a morada dos deuses, numa indicação de sustentação da majestade que lhe foi conferida. Assim, ele é o que governa de direito. A águia representa seu contato com o que é elevado e sua ampla visão. O globo terrestre significa que ele domina sobre a face da Terra.

Análise do arquétipo: O Imperador, é a imagem da experiência da paternidade. É o pai que incorpora nossos ideais espirituais, nossos códigos de ética e a auto-suficiência com a qual conseguimos sobreviver no mundo. É a autoridade e a ambição que nos impulsionam a conseguir o que queremos, bem como a disciplina e a antevisão de que precisamos para completar nossos objetivos.
É o princípio masculino dentro de cada um de nós. Nesse momento, o Imperador é o espírito, e não o corpo, que prevalece na instituição dos valores, em vez da intuição natural requisitada em situações anteriores. O Pai dentro de nós implica também o auto-respeito, pois é exatamente esse aspecto de nossa personalidade que pode fazer uma escolha ou estabelecer um princípio, para depois aceitar os desafios da vida.




O IMPERADOR

Quando aparece numa tiragem de cartas: O Imperador, indica o confronto com o princípio paternal, tanto em seu aspecto positivo quanto negativo. Nesse momento somos desafiados a trazer algo à tona, temos de concretizar uma idéia, fazer um plano, construir alguma coisa no mundo. Como, por exemplo, abrir um negócio ou reestruturá-lo, ou mesmo estabelecer vínculos familiares, como um noivado ou um casamento. O arcano exige de nós a ação, em vez da intuição, porque é o mistério do princípio masculino em homens e mulheres, necessário para enfrentar os desafios da vida. O Imperador indica que devemos assumir uma posição e que temos de enfrentar a vida sozinhos, com nossos próprios recursos progredir.

Carta invertida ou não: Seu lado sombrio é expresso pela implacável retidão. Ele protege fracos e pobres, humildes e desamparados, mas revela sua ira e vingança em nível interior. A carta indica que devemos nos tornar éticos, efetivos e poderosos, mas pode acontecer do poder nos corromper, pois uma autoridade exercida de forma excessiva se tornará em tirania. É a semente da megalomania, da usurpação e do autoritarismo.


   

O HIEROFANTE

Descrição: É o sumo-sacerdote representado por um centauro. Está numa caverna, usa uma coroa, em uma mão segura um pergaminho e na outra faz um antigo gesto perdido nas noites do tempo.

Simbolismo: A metade humana representa a natureza superior, a metade cavalo a natureza animal. A coroa mostra a força intelectual e o gesto é de bendição, que afasta toda negatividade, repare na luz que incide sobre sua mão. O pergaminho simboliza o saber oculto, enquanto a caverna significa a reclusão, a meditação, o lugar de conciliação de ambas as naturezas.

Análise do arquétipo: Representa a parte do ser humano que se eleva às questões do espírito para compreender aquilo que Deus deseja de nós. Ele simboliza o mestre espiritual dentro de cada um de nós, o intermediário que estabelece a ligação entre a consciência terrena e o conhecimento intuitivo da lei divina. O Hierofante é o intérprete que esclarece a natureza das leis que devemos seguir para entrarmos em sintonia com o divino. É a nossa parte que invoca o espírito para estabelecer uma ligação entre consciência terrena e conhecimento da lei de Deus. O Hierofante pode aparecer na vida exterior na forma de um analista, psicoterapeuta, mentor espiritual, para quem nos voltamos em busca de ajuda.




O HIEROFANTE

Quando aparece numa tiragem de carta: Ao surgir num jogo, indica que o indivíduo está começando a buscar algumas respostas de ordem filosófica. Esses questionamentos podem se traduzir no estudo aprofundado de alguma filosofia, ou de um sistema religioso, ou crença, ou mesmo na forma de um profundo comprometimento com relação ao sentido da vida. Invoca um comportamento correto aos olhos de Deus e implica que o indivíduo começará a procurar respostas de nível metafísico. Indica que a pessoa deve começar a preparar-se para enfrentar os desafios da vida.

Carta invertida ou não: Fora de controle, denota arrogância e inteligência mal dirigida. Prepotência de um intelecto auto-centrado.





VII - OS ENAMORADOS

Descrição: Um homem está num verde campo, diante de três belas mulheres, tão luxuriantes quanto a própria paisagem. Ele tem nas mãos uma maçã e um cajado. Ele tem que eleger uma delas.

Simbolismo: A que tem um globo na mão, é a mais poderosa e está coroada. O globo representa sua autoridade e a coroa, sua majestade. Aquela que está seminua e porta uma taça, simboliza o amor e a beleza. A terceira porta uma espada, e a espada é símbolo da justiça. As três exibem suas qualidades, os motivos pelos quais merecem ser escolhidas: a primeira deveria ser escolhida por sua nobreza, a do meio por ser a doadora do amor sensual e a última por demonstrar ser uma mulher firme e justa. Mas ele, guiado por seu cajado diante de sua escolha, tem em uma das mãos a maçã que simboliza o pecado, o que indica que ele pode errar em sua escolha, que para ele é um dilema.

Análise do arquétipo: Representa o primeiro grande desafio da vida para o desenvolvimento individual: o problema da escolha no amor. O dilema não se restringe apenas a decidir entre duas mulheres ou entre dois homens. Representa também nossos valores, uma vez que nossa escolha nos remete ao tipo de pessoa que queremos nos tornar. Sua escolha está vinculada a seus desejos e não a sua pessoa. Estamos aqui diante do dilema: livre-arbítrio versus compulsão instintiva. A carta dos Enamorados indica a necessidade de escolha quase sempre no plano amoroso. O arcano indica os cuidados que se deve ter nos assuntos do coração.




OS ENAMORADOS

Quando aparece numa tiragem de carta: Ela prevê algum tipo de escolha, geralmente no amor. Às vezes significa um triângulo amoroso, um casamento às pressas ou a escolha entre o amor e a carreira profissional ou alguma outra atividade criativa. Esse arcano implica analisar cuidadosamente as consequências de nossas escolhas. A carta diz respeito à necessidade de se olhar atentamente as implicações das escolhas pessoais e não se deixar conduzir cegamente pelos impulsos, que poderão trazer, a deflagração da própria derrota.

Carta invertida ou não: A carta indica a possibilidade de não havendo responsabilidade, esse descontrole pode causar tragédias, em função da traição, das mentiras, da infidelidade.





 O CARRO

Descrição: Vê-se um deserto, e um soldado guiando uma biga. Há uma lança no carro conduzido por dois corcéis: um negro e um branco. Parece que cada animal olha e impulsiona para uma direção diferente. O condutor olha para frente. Ao fundo, nuvens carregadas indicam a aproximação de uma tempestade.

Simbolismo: Esse arcano mostra firmeza de caráter e atitudes e o olhar firme e em frente do condutor, denota comando sobre as paixões conflitantes, alegoria feita também pelos dois animais que estão sob suas rédeas. A lança denota um símbolo fálico, que alude à força e poder. O deserto simboliza a ausência de sentimentos, que surgirá quando a agressividade e a combatividade extrema tomar o lugar da determinação e da coragem. A tempestade é o prenúncio dessa falta de controle, e o carro deve estar sempre à frente dessa tempestade ou será alcançado por ela. O condutor do carro não pode perder o controle.

Análise do arquétipo: O Carro é arquetípico dos instintos agressivos guiados pela vontade do consciente. Os cavalos que puxam o carro seguem direções opostas e simbolizam as ânsias animais e selvagens em conflito dentro de nós mesmos, repletas de vitalidade e ao mesmo tempo sem a menor vontade de operar em harmonia. Essas forças devem ser trabalhadas com pulso e firmeza, mas não devem ser reprimidas ou anuladas, pois, se o forem, perderemos toda a potência e a força para sobreviver e vencer os obstáculos da vida. A carta indica uma vontade férrea, dimensão necessária do caráter humano para sobreviver num mundo competitivo.






O CARRO

Quando aparece numa tiragem de carta: O Carro num jogo indica o conflito e a luta, que, por sua vez, resultam em crescimento e fortalecimento da personalidade. É possível que a pessoa tenha de enfrentar não apenas a agressividade dos outros mas os próprios impulsos e anseios agressivos. Esse conflito não poderá ser evitado, mas deverá ser encarado com força e comedimento. O arcano indica sobrevivência às humilhações e derrotas, das quais ressurge o forte. No sentido divinatório, o carro indica uma luta que deve ser enfrentada com força e reserva, e aponta para uma personalidade que resistirá à mesma, sobressaindo-se inatingível e fortalecida.

Carta invertida ou não: O arcano aponta para um conflito, seja por uma disputa irada com alguém ou por uma brutal busca por um objeto de amor. O mistério prevê uma adversidade.


   
A FORÇA

Descrição: No interior de uma caverna escura, um homem subjuga uma fera. No chão uma espada e um bastão, mas o homem não os utiliza, usa suas próprias mãos. A paisagem exterior exibe montanhas sobre a luz do dia.

Simbolismo: A caverna é o inconsciente e refere-se à força interior do homem que pode vencer desafios, obstáculos e o medo. Montar o leão é dominar a ira. A imagem no exterior da caverna é prenúncio de vitória.

Análise do arquétipo: Configura o eterno problema de contermos a fera que mora dentro de nós, ao mesmo tempo em que tentamos preservar as suas características primitivas, o instinto vital e criativo. O leão, na mitologia, sempre esteve associado à realeza, mesmo quando em sua forma mais destrutiva, e esse rei dos animais é a imagem do princípio infantil, egocêntrico e totalmente selvagem presente desde o início da formação de uma personalidade. Essa invencibilidade está ligada ao sentido de permanência interior que surge a partir do reconhecimento do próprio eu. Sempre que vestimos a pele do leão derrotado por nós, as opiniões dos outros jamais terão valor, pois estamos armados com a mais poderosa couraça, nossa própria identidade.




A FORÇA

Quando aparece numa tiragem de carta: A carta da Força, ao aparecer num jogo, indica uma situação onde a colisão com o leão interior é inevitável e onde a administração bem conduzida da própria raiva é altamente benéfica. A coragem, a força e a autodisciplina são necessárias para dominar a situação. No sentido divinatório o arcano aponta para a necessidade de controlar a raiva e o orgulho insensato. Coragem, força e autodisciplina são solicitadas para enfrentar a situação, o que gerará confiança e integridade para com o próximo.

Carta invertida ou não: Ela implica uma situação de embate, um luta com forças poderosas.




  O EREMITA

Descrição: Numa paisagem desértica, é noite. O eremita está envolto num longo manto, segurando uma lanterna e uma foice. Sobre seu ombro está pousado um corvo.

Simbolismo: Esse é o arcano da sabedoria. O deserto é o inconsciente, a noite representa as consequências da falta de discernimento. O corvo, porém, como a coruja, é símbolo dos sábios. A lanterna significa a luz do conhecimento, e a foice está relacionada com a necessidade de mudanças radicais. Esta carta evoca a reclusão, a meditação, a ponderação e a prudência.

Análise do arquétipo: O Eremita, é a imagem da lição do tempo e das limitações da vida mortal. Nada pode ir além do âmbito da própria vida e nada permanece inalterado. Essa é uma faceta óbvia e simples da vida que, a despeito da simplicidade e da obviedade, nos causa sofrimento durante o aprendizado e que só nos chega com a idade e com a experiência. O Eremita é um deus que encarna tanto o sentido do tempo como também se rebela contra ele. E por isso é destronado e humilhado, devendo aprender com a solidão e no silêncio da própria dor. A descoberta de que se está realmente sozinho na vida constitui o dilema que todos os homens precisam enfrentar. A aceitação da própria condição é também, e de uma maneira misteriosa, a separação real dos pais e da infância porque significa o sacrifício da fantasia de que, em alguma época, alguém, num passe de mágica, transformará o aconchego perpétuo na aridez da nossa existência. Somente a aceitação dessa passagem é que poderá trazer as recompensas da Era Dourada de Cronos. O tempo e não a luta pode nos liberar , então o arcano indica que devemos ser resignados diante do que não podemos mudar e isso resultará em qualidade de calma e serenidade, sem as quais não podemos suportar os obstáculos e as desilusões que a vida nos reserva de quando em vez. As vicissitudes da vida nos esmagariam se não pudermos ser capazes de praticar a paciência. É o arquétipo que nos lembra de nossa condição: somos sós e mortais. A carta reitera que "o viveram felizes para sempre" não pode acontecer e temos de aceitar. Há uma oportunidade, porém, de estabelecer fundamentos sólidos, se entendermos que é preciso nos recolher em nosso deserto interior.


O EREMITA

Quando aparece numa tiragem de cartas: A carta de Cronos, o Eremita, indica um período de solitude, de exílio voluntário das coisas mundanas, da agitação da vida, de forma a obtermos paciência e sabedoria. Esse momento representa a grande oportunidade de erguer e fortalecer a personalidade se estivermos dispostos a esperar.

Carta invertida ou não: A face negativa é a calcificação, uma resistência teimosa à mudança. A carta prevê um tempo de solidão ou de isolamento.

15/08/2011 Publicada por Enamorados





XI - A RODA DA FORTUNA

Descrição: Três mulheres fiam no interior de uma caverna. Lá fora é dia e a paisagem é montanhosa. As mulheres denotam diferentes idades: juventude, maturidade e velhice. Na roda diferentes personagens ora estão em cima ora estão em baixo, de acordo com o giro.

Simbolismo: A caverna simboliza tanto o útero quanto a tumba. Essa carta está relacionada com mudanças, pois os personagens mudam de situação, como a indicar que na vida os acontecimentos são cíclicos. As mulheres de diferentes idades simbolizam o passar do tempo, como se as três fossem a mesma mulher. Uma segura um novelo, a outra um fio mais ou menos esticado e outra mulher porta uma tesoura. O novelo representa o emaranhado de acontecimentos na vida, o fio desenrolado, livre na mão da mais jovem, mostra a simplicidade da fase da juventude. A tesoura corta o fio da vida, do viço, da juventude, é o fim da experiência.

Análise do arquétipo: A Roda da Fortuna configura a misteriosa e insofismável lei que atua dentro do indivíduo. É essa mesma lei desconhecida e invisível que determina as súbitas mudanças e que, por sua vez, altera os padrões preestabelecidos da vida. As quatro figuras humanas agarradas à Roda representam os vários estágios do destino, pois toda vez que a vida muda não paramos para pensar no movimento da Roda como causa da alteração, mas simplesmente nos preocupamos com nossas próprias reações a tais mudanças. A carta da Roda da Fortuna não significa simplesmente as mudanças bruscas da vida, seja por acaso, sorte ou acidente. Por trás da Roda sempre estão as forças do destino, que planejam ordenadamente todas as mudanças da vida, ainda que atribuamos tudo ao acaso. A virada da Roda sempre traz o crescimento e inaugura uma nova fase da vida. Não podemos saber o que nos espera, ou melhor, o que encontraremos.




A RODA DA FORTUNA

Quando aparece numa tiragem de cartas: A carta não diz respeito às mudanças bruscas da sorte. Nesse mistério encontra-se a mensagem do poder que tece o padrão, ou seja, a própria existência. No sentido divinatório, haverá uma mudança, positiva ou não, mas que produzirá crescimento e uma nova fase de vida.

Carta invertida ou não: Algo virá ao nosso encontro, o arcano prevê uma novidade que pode ser negativa, denotando que devemos estar alertas.





XII - A JUSTIÇA

Descrição: Num templo há um trono e nele está uma mulher que trás uma balança em uma das mãos e na outra uma espada. Uma coruja está pousada em seu ombro, no chão quadros pretos e brancos como num tabuleiro de xadrez.

Simbolismo: A coruja que enxerga no escuro simboliza sabedoria. A balança, a capacidade de julgar. A espada de fazer valer as decisões. O quadriculado sobre o qual está o trono, denota ordem e sequência pré-estabelecida. Esse mistério indica ponderação, racionalidade e decisão imparcial.

Análise do arquétipo: A lâmina é a imagem do julgamento reflexivo e da racionalização. O julgamento não tem por base o sentimento pessoal, mas a avaliação imparcial e objetiva de todos os fatores contidos numa situação. O Julgamento se estrutura nos princípios éticos que servem de parâmetros rígidos para qualquer escolha. Sempre que a Justiça aparece num jogo, há a necessidade do pensamento equilibrado e da tomada de decisão imparcial.





A JUSTIÇA

Quando aparece numa tiragem de cartas: No sentido divinatório, quando aparece A Justiça, ela implica a necessidade de um pensamento equilibrado e de uma tomada de atitude. Ela é uma figura que ergue-nos acima da natureza e representa nossos esforços para a harmonização da mente e do espírito.

Carta invertida ou não: A carta também tem dois lados: a reflexão pode vir a destruir o calor e o aconchego de um relacionamento pessoal. A espada indica que pode cortar o coração com verdades gerais que não se aplicam a uma situação específica.





O ENFORCADO

Quando aparece numa tiragem de cartas: Essa carta indica a necessidade do sacrifício voluntário com o propósito de atingir algo muito mais valioso. Pode ser o sacrifício de algo material que nos traga segurança em beneficio do potencial que pode ser desenvolvido. Ou então o sacrifício de uma postura de superioridade intelectual, ou de ódio incontido, ou de teimosia em perseguir uma fantasia inatingível.

Carta invertida ou não: Pressagia que o sofrimento exigido resultará num bem maior. O enforcado prevê algo de maior valor em troca do sacrifício.








 A MORTE

Descrição: Três seres humanos oferecem presentes: a criança, uma flor; a mulher, uma coroa de ouro; o homem, moedas de ouro. Atrás da divindade está o rio Estige, o rio dos mortos. De um lado uma terra seca, na outra margem montanhas férteis, o leste, o nascente.

Simbolismo: Esse é o arcano da transformação. As pessoas que o presenteiam indicam que confiam nele, que representa mudança, e estão depositando, na verdade, confiança nessa mudança.

Análise do arquétipo: O mistério é a configuração da finalização definitiva de um ciclo de vida. Sempre que tomamos uma nova atitude, novas circunstâncias podem ocorrer. Morre a postura antiga, que jamais voltará a original. Simboliza aquilo que experimentamos com todos os finais. Ele indica o luto, a dor que sempre acompanha um término, tão necessário para podermos começar um novo ciclo. A carta da Morte não significa necessariamente uma finalização ruim. A experiência do final inevitável pode estar ligada a fatos completamente agradáveis, como o casamento ou o nascimento de uma criança, porque tais acontecimentos não apenas indicam o início de algo novo como também indicam a morte de um antigo modo de vida, e assim a perda deve ser reconhecida e não lamentada.







A MORTE

Quando aparece numa tiragem de cartas: Essa carta indica que algo deve terminar. Se essa experiência será dolorosa ou não, depende da capacidade da pessoa em aceitar e reconhecer a necessidade dos fechamentos.

Carta invertida ou não: Esse arcano indica que encerra-se um ciclo e inicia outro. Diferente. Esse mistério não simboliza um final negativo. Não é a descrição da morte física, mas a mudança de um ciclo. Ela pode anunciar a oportunidade de uma vida nova, desde que consigamos abrir mão da antiga.








 A TEMPERANÇA

Descrição: A mulher angélica mistura o conteúdo de duas taças: uma de ouro e outra de prata. Tem um pé na margem e outro no rio. Acima um arco-íris.

Simbolismo: Esta lâmina lembra a conciliação dos opostos. A posição dos pés denotam duas realidades coexistindo. As taças simbolizam os princípios masculino e feminino. O arco-íris representa renovação.

Análise do arquétipo: A Temperança, boa e misericordiosa, está intimamente ligada à função do sentimento, que é diferente daquilo que chamamos de emoção, pois esta é uma reação visceral a uma situação, ao passo que aquele é a escolha refletida de um afeto. A função do sentimento é uma constante variação entre os opostos, uma cuidadosa percepção das necessidades de uma situação específica com o objetivo de atingir a harmonia. Por isso, a imagem derrama sem cessar água de uma taça para outra porque o sentimento precisa fluir constantemente para se renovar de acordo com as necessidades de cada momento. Entretanto, sua finalidade principal serve aos propósitos do âmago feminino mais que aos do masculino, e quaisquer que sejam as reações mutantes do fluxo até mesmo a raiva e o conflito , a meta será sempre a cooperação, a harmonia e um relacionamento melhor.





A TEMPERANÇA

Quando aparece numa tiragem de cartas: A Temperança num jogo indica a necessidade de um redirecionamento no fluxo dos sentimentos e dos relacionamentos. O arcano recomenda a harmonia e a cooperação como condições necessárias a um bom relacionamento ou a um casamento feliz.

Carta invertida ou não: O arcano nos desafia a cultivar um coração equilibrado.





 O DIABO

Descrição: Numa caverna escura, onde não figura a entrada para termos uma visão da paisagem exterior, um deus toca sua flauta enquanto mantem presos a seus pés de bode, duas criaturas humanas que dançam ao som de sua melodia.

Simbolismo: A gruta simboliza as profundezas da natureza humana. O homem com tórax e cabeça humanos e membros inferiores semelhantes a de um bode, representa o medo para paralisar as iniciativas. As criaturas humanas são o ego e a auto-estima sendo mantidos presos pelo medo. Note-se que elas têm as mãos livres e podem se libertar, quando pararem de dançar ao som dos apelos do medo.

Análise do arquétipo: O diabo, representa a servidão aos instintos da natureza. Sua imagem dentro de nós sugere algo que podemos temer como algo com o qual podemos encantar, ou seja, os impulsos sexuais e animais que consideramos maus, justamente por sua natureza compulsiva. Essa carta está representando tudo aquilo que tememos, odiamos e desprezamos em nós mesmos e que, ao mesmo tempo, nos escraviza por meio desses temores e desgostos. A carta do Diabo implica em bloqueios e inibições - quase sempre de ordem sexual e a necessidade de confrontação com tudo o que está oculto e vergonhoso na base da personalidade.




O DIABO

Quando aparece numa tiragem de cartas: No sentido divinatório, o arcano implica a necessidade de um confronto com tudo o que na personalidade seja sombrio, vergonhoso e inferior. Invoca a coragem de encarar problemas associados a inibições, ao impulso sexual, e superar bloqueios gerados por sentimentos sexuais escondidos, que insistem em nos revelar inocentes e íntegros perante os outros.

Carta invertida ou não: O Diabo é a imagem da sujeição ao mais rude e instintivo aspecto da natureza humana. Sua imagem sugere algo que tememos, e por isso, escondemos por meio de simulações.







A TORRE

Descrição: Uma torre edificada sobre uma rocha no oceano, que está revolto sob nuvens de tempestades, encontra-se à beira da ruína. As águas estão procelosas sob as ordens de uma divindade que porta um tridente.

Simbolismo: Este arcano parece avisar o desmoronamento de valores e conceitos que mesmo parecendo sólidos, não o são e vão acabar ruindo. O tridente na mão do deus é o instrumento que dissipa toda a ignorância.

Análise do arquétipo: Nesse momento nos deparamos com o famoso Labirinto de Minos, destruído por um terremoto quando o irado Poseidon surgiu das águas para deitar abaixo o reino. A Torre partida pelo deus retrata a destruição de antigos padrões. Ela é a única estrutura construída pelo homem presente nos Arcanos Maiores, e exatamente por isso representa as estruturas tanto internas como externas que construímos para servirem de defesa contra a vida e como esconderijo para os aspectos negativos e menos agradáveis de nossa personalidade. De um modo geral, a Torre é a imagem das fachadas socialmente aceitáveis que adaptamos para esconder nossa fera interior. Ela é a estrutura dos falsos valores ou daqueles já superados , daquela postura diante da vida que não se origina do ser como um todo, mas que vestimos como a roupa de um determinado personagem de uma peça, apenas para impressionar a platéia. A Torre também representa as estruturas que construímos no mundo externo para completar o nosso eu incompleto.

15/08/2011 Publicada por Enamorados





A TORRE

Quando aparece numa tiragem de cartas: Num jogo ela prenuncia a quebra ou o rompimento de formas e estruturas vigentes. Essa carta da mesma forma que a Morte e o Diabo, depende muito da atitude do indivíduo frente às dificuldades e ao sofrimento numa separação. Contudo, a Torre cairá ainda assim independente de nossa vontade, não por causa de obra do destino, mas porque algo dentro do indivíduo atingiu o ponto de ebulição e já não pode ser contido.

Carta invertida ou não: Prevê a derrubada de formas existentes e depende muito da atitude do indivíduo de lidar com a torre que desabará de qualquer maneira, independente da nossa vontade, não por causa de uma fatalidade, mas porque algo no indivíduo atingiu um ponto insuportável. O tridente e a presença da divindade no acontecimento indica a derrubada de nossas defesas e a liberação das partes confinadas.







A ESTRELA

Descrição: Despida, uma bela jovem ajoelhada abre uma caixa e de dentro saem várias criaturas aladas. A jovem não se fixa nelas, dirige sua atenção a uma linda figura, de vestes esvoaçantes no céu e que segura um arco-íris, está circundada por uma estrela cintilante. A estrela se reflete numa poça d'água no chão.

Simbolismo: O arcano representa a esperança, a fé no que há de vir, a certeza de atingir um objetivo.

Análise do arquétipo: A imagem é símbolo de uma parte do ser humano que, a despeito das frustrações e desapontamentos, da depressão e das perdas, ainda tem forças para se agarrar ao sentido da vida e ao futuro que poderá superar a infelicidade do passado. Ela não representa apenas a convicção nos planos futuros, ou a solução dos problemas individuais, ou somente a estrela-guia. A Estrela é uma carta de espera, pois a esperança é uma tênue luz que brilha e nos guia, porém não dissipa a escuridão da vida. A esperança é algo profundo e misterioso, pois parece transcender qualquer experiência que a vida nos ofereça sob a forma de catástrofe .


A ESTRELA

Quando aparece numa tiragem de cartas: Sempre que a Estrela surgir é indício de esperança, de fé em meio às atribulações. Porém, a esperança também pode ter duplo sentido de prevenir contra a fé cega que não contém nenhuma ação. Ela é um indício de significado em meio a dificuldades. A lâmina da Estrela anuncia o advento de promessas, uma experiência positiva.

Carta invertida ou não: Pode indicar decepção, melancolia e perda, presas a um sentido de significado e de futuro que surge da infelicidade passada. Pode prevenir contra a esperança cega que não prevê qualquer ação necessária. A Estrela recomenda a espera.





A LUA

Descrição: Uma mulher e um cão, ambos de três cabeças. No chão água e um caranguejo. Acima a lua.

Simbolismo: O mistério mostra a dúvida, a hesitação, a confusão, a possibilidade de alternativas, a dúvida na escolha. A água e o caranguejo indicam a necessidade de prudência, meditação e calma nessa escolha, porque o cão é aquele que guarda as portas do inferno.

Análise do arquétipo: Representa as profundezas fluidas do inconsciente. Ela representa um progresso na compreensão e na experimentação do mundo inconsciente. É a partir desse reino oceânico da imaginação humana que os grandes mitos e símbolos religiosos ou mesmo as grandes obras de arte são produzidos ao longo dos séculos. Esse é um mundo caótico, sem fronteiras, do qual o indivíduo representa, em sua viagem pessoal na busca de identidade, apenas uma pequena parte. O encontro com a Lua, é o confronto com um mundo transpessoal, onde os limites individuais estão diluídos, onde o ego e o sentido de direção ficam perdidos. É como se tivéssemos que esperar submersos nas águas desse mundo até que novos potenciais pudessem emergir e se transformar em nosso futuro. A carta da Lua é a carta da gestação , cheia de conflitos, de ansiedade e de confusões, de flutuações e de incertezas. Estamos a beira do inconsciente e não podemos fazer nada além de esperar e nos agarrar às imagens dos sonhos com uma vaga sensação de esperança e fé.





A LUA

Quando aparece numa tiragem de cartas: Essa imagem do feminino é vaga, ilusória, impessoal e incorpora humores alternados. O encontro com o arcano é uma confrontação com o mundo transpessoal no qual se dissolve o sentido de direção.

Carta invertida ou não: Algo passou por nós e levou consigo o passado preparando o caminho adiante sem conhecimento e compreensão. Mas devemos esperar, como o feto espera no útero da mãe.






O SOL

Descrição: Um jovem com asas, segura uma lira de ouro numa das mãos e um arco na outra. Atrás dele se pode ver um portal dourado, e ao fundo, estão pés de louro. Na cabeça o rapaz tem uma coroa de louros, e por trás da cabeça se vêem um disco iluminado por raios, é o disco solar.

Simbolismo: Esse arquétipo está relacionado com o esclarecimento, a clareza, o entendimento: é a confiança e a certeza, o princípio masculino.

Análise do arquétipo: É a representação de força do consciente para dissipar a escuridão. O arcano personifica algo maior do que a capacidade individual de obter conhecimento e lucidez de idéias. O Sol é a imagem da ânsia pela consciência presente na vida de todos, sendo conseqüentemente, o complemento natural. O mistério surge para dissipar todo medo e angústia e eliminar todas as sombras e dúvidas com seus raios de luz. A carta do Sol simboliza o espírito indomável que sempre lutou contra as superstições, a ignorância, o conformismo e contra a servidão ao fatalismo e ao desespero. Essa carta indica um período de clareza, nesse momento, pode-se compreender as estruturas, planejar o futuro e seguir adiante.







O SOL

Quando aparece numa tiragem de cartas: O encontro com o Sol dissipa a sombra do medo. O Sol é a herança humana de nobreza e determinação. A carta prevê um tempo de otimismo e confiança renovada. Torna possível empreender o caminho para frente. Dá posse de antevisão do propósito humano a elevar-se. É o grande princípio masculino da vida que age no progresso de nossas metas.

Carta invertida ou não: Luz em demasia pode ofuscar a visão e destruir prematuramente o tempo necessário e a penumbra em que as coisas devem ser geradas. O calor do Sol intenso pode sufocar, pois ele não respeita as leis da natureza.









O JULGAMENTO

Descrição: Na parte baixa da escura escadaria, entre duas colunas negra e branca, um homem porta um caduceu. Ele é divino e sobre seus pés estão urnas mortuárias de onde saem múmias que se voltam para ele. Ao alto, a escada abre-se para uma paisagem de trigais, e ao fundo vê-se uma queda d'água, cuja nascente flui das montanhas e forma um lago, ao redor do qual há um arboredo.

Simbolismo: A escada são os degraus da consciência e compreensão. As colunas simbolizam a ambiguidade da natureza humana: boa e má. As múmias ressurretas simbolizam as ações do passado que têm que ser revistas. O caduceu é um símbolo muito antigo encontrado na Índia gravado nas lápides de pedra denominadas nagakals que aparecem na entrada dos templos, simbolizando uma espécie de ex-votos. O caduceu é um bastão entrelaçado com duas serpentes que lutam, se enroscando no bastão. Na parte superior tem duas pequenas asas ou um elmo alado. Os romanos utilizavam o caduceu como símbolo do equilíbrio moral e da boa conduta: o bastão expressa o poder; as duas serpentes, a sabedoria; as asas,a diligência; o elmo é emblemático de pensamentos elevados. O arcano convida a auto-análise para compreender os acontecimentos presentes. É uma simbologia da direção das almas para a pesagem dos prós e contras de suas ações. A paisagem campestre, denota o despertar para um período fértil e promissor.

Análise do arquétipo: O Julgamento reflete o processo que ocorre em determinados momentos críticos da vida, ou seja, uma somatória de experiências passadas que se juntam para compor um grande mosaico. Representa também as conseqüências daquelas experiências e a necessidade de compreendê-las e aceitá-las. Esse somatório não é uma função intelectual propriamente dita, mas uma espécie de "cozimento", de amadurecimento dos ingredientes "turvos" do inconsciente. É o chamado para que o morto desperte para as várias decisões e ações que realizamos, juntando todos os frutos e fazendo a colheita. O Julgamento não é somente a imagem de um novo começo, mas é o início que emerge do passado.






O SOL

Quando aparece numa tiragem de cartas: O encontro com o Sol dissipa a sombra do medo. O Sol é a herança humana de nobreza e determinação. A carta prevê um tempo de otimismo e confiança renovada. Torna possível empreender o caminho para frente. Dá posse de antevisão do propósito humano a elevar-se. É o grande princípio masculino da vida que age no progresso de nossas metas.

Carta invertida ou não: Luz em demasia pode ofuscar a visão e destruir prematuramente o tempo necessário e a penumbra em que as coisas devem ser geradas. O calor do Sol intenso pode sufocar, pois ele não respeita as leis da natureza.










O MUNDO

Descrição: A serpente que engole a própria cauda, simboliza a eternidade. No centro uma figura humana com duas cabeças: uma masculina e outra feminia. Nas mãos bastões de ouro. Nos ângulos da lâmina: a espada, a tocha, a taça, o pentagrama.

Simbolismo: Este mistério representa a vitória, é a imagem da auto-suficiência. As duas cabeças no mesmo corpo e os símbolos dos elementos mostram que a pessoa tem em si as potencialidades para atingir seus objetivos. Esta é a carta da realização e da totalização.

Análise do arquétipo: A carta retrata a imagem da experiência de sermos inteiros, completos. Masculino e feminino representam a harmonização de energias. São as grandes polaridades que circundam todos os opostos da vida. Ele se realiza em razão das várias experiências dessa viagem dos Arcanos Maiores que conduzirão o indivíduo a totalização do próprio ser. As qualidades do cuidado maternal e do código de ética paternal, da intuição e da expressão física, da mente e do sentimento, do relacionamento e da solitude, do conflito e da harmonia, do espírito e da matéria, todos estes opostos que continuamente lutam dentro de nós e que, justamente por causa dessa grande batalha conseguem aperfeiçoar nossa personalidade, estão contidas na carta do Mundo, unidos, convivendo harmonicamente dentro do grande círculo da Serpente que simboliza a vida perene.




O MUNDO

Quando aparece numa tiragem de cartas: Essa carta implica num período de realizações e de totalização. É o momento de sucesso, da finalização positiva de um processo ou de uma questão; o instante de alcançarmos um objetivo, de atingirmos um ideal pelo qual lutamos durante muito tempo. Quando O Mundo aparece numa tiragem de cartas prevê um tempo de realização e de integração. Essa é uma fase de triunfo da bem-sucedida conclusão de um assunto, ou realização de um objetivo que foi duramente trabalhado.

Carta invertida ou não: Não omitindo Órobos, a serpente que come a própria cauda, contornando a imagem de Hermafrodito/Salmácis, lembremos que a serpente é o símbolo primordial que mais fortemente encerra toda uma complexidade de arquétipos. A cobra que morde sua cauda e não pára de girar sobre si mesma, evoca a roda da vida à qual estamos presos, bem representada por este arcano. Logo, considerando o tempo como um círculo, temos de encarar que tudo o que acontece já aconteceu antes e voltará a acontecer; o que não aconteceu não acontecerá jamais. (visite: http://www.amigodaalma.com.br/2009/12/27/o-simbolismo-da-serpente/ )



Fonte:
 http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=6888749973402702177#editor/target=post;postID=5309483044591895852



terça-feira, 25 de setembro de 2012

As muitas faces da cruz celta




Jaime E. Cannes
    Apresentada ao mundo em 1910 por Arthur Edward Waite em seu livro The pictorial key to the tarot, que a definiu como um método de leitura muito mais antigo praticado pelos celtas da Inglaterra, Escócia e Irlanda, a Cruz Celta ganhou imensa popularidade, tornado-se o método mais usado por tarólogos do mundo todo. Esse sucesso tem muitas explicações e a mais comumente exaltada é a sua grande flexibilidade simbólica, permitindo que cada leitor adapte parte de seus significados originais tornando-a acessível ao psiquismo de cada um. Muitos leitores a usam como jogo para perguntas e respostas, outros como um sistema de leitura inicial e abrangente para colher informações gerais sobre quem se consulta.
    Existe um forte conjunto simbólico inserido na forma original da Cruz Celta, também chamada de Cruz Céltica. O número dez que totaliza as cartas deitadas na mesa é muito poderoso, pois que reúne em si o número fálico da face masculina de Deus, o 1 com o número que representa a vagina arquetípica da Deusa o 0. Ele contém em si a chave que reúne o masculino e o feminino interiores num mesmo momento de interação absoluta, unindo o consciente e o inconsciente, o racional e o intuitivo, céu e terra, corpo e espírito, e assim por diante. O dez é considerado há muito um emblema da perfeição divina e a sua união com o homem. Na geometria sagrada seu símbolo é o círculo com um ponto no meio. Esse também é o símbolo astrológico do sol que representa a consciência mais elevada que viemos desenvolver na presente encarnação. O ponto também alude à humanidade e o círculo ao espaço que esta ocupa no planeta. Numa perspectiva microcósmica essa é a verdade para o homem comum que também cria um universo particular que o rodeia. A Cruz Celta revela os contextos envolvidos nesse mundo particular com absoluta inteireza.

Arthur Edward Waite

www.arcanos.com
    É interessante observar que o desenho da Cruz Celta, da perspectiva de quem lê as cartas, parece um dez invertido, com o zero na frente e o um atrás. Se dermos asas a nossa imaginação intuitiva veremos algo revelador, o leitor entra no mundo interior, intuitivo e receptivo da grande Deusa (o zero) para obter as respostas requeridas pelo cliente dentro do mundo prático e objetivo do grande Deus (o um). Já do ponto de vista de quem se consulta, o dez está na posição normal, com o um na frente seguido do zero. O consulente vem com suas questões práticas para a sessão (o mundo do grande Deus) e leva, além das suas respostas, muitos indícios de seu próprio mundo interior arquetípico (o mundo da grande Deusa), que viabilizam uma profunda transformação a partir da conscientização.

 
O Jogo do Espelho

    Apresento agora a minha versão desse tradicional sistema de leitura, adaptado a uma abordagem mais interior e voltada para a autotransformação, que chamei de “Jogo do Espelho”. Aqui o jogo é apresentado como uma abertura inicial que visa revelar o mundo interior e exterior de quem se consulta e a interação deste com ambos. O significado de cada posição foi propositalmente deixado bem amplo para que o arcano e a orientação intuitiva de cada leitor definam qual aspecto de cada carta se aplica ao jogo em questão.
    Proceda do seu modo usual. Eu embaralho o conjunto das setenta e oito cartas, com arcanos maiores e menores misturados e quando julgar pronto ofereço o maço para o cliente dividi-lo em dois ou três montes conforme desejar. Abro em leque e oriento para que sejam retiradas dez cartas que mantenho com as faces voltadas para baixo. Uma a uma vou arranjado-as conforme o esquema ao lado:
    O passo seguinte é ir virando cada uma das cartas e procedendo a interpretação:
    Posição 1: O mundo interior no momento, o tema mais importante que se está vivendo.
    Posição 2: A ação. Ações que se está tomando a partir desse momento e que podem estar de algum modo contribuindo ou obstruindo a sua fluência.
    Posição 3: Apelo do mundo interior, essa posição se refere ao inconsciente espiritual e revela a orientação interna à partir do momento que se está vivendo. Trata-se daquela voz silenciosa que fala no fundo da nossa alma e que podemos estar ignorando ou não, conforme os arcanos em torno.
    Posição 4: Desafios, obstáculos e bloqueios. Essa posição revela os aspectos desafiantes do consulente e os condicionamentos do inconsciente psicológico que se fazem notar com isso e que podem ter sua origem tanto na infância com em vidas passadas.
    Posição 5: O mundo consciente e material, essa posição revela qual a relação que se está tendo com o mundo dos negócios, carreira e finanças, bem como o modo como tudo isso é avaliado racionalmente.
    Posição 6: Os objetivos futuros e vida social. Aqui as intenções para o futuro imediato são mostradas assim como as relações sociais que se entabula com o objetivo de viabilizá-las. Relações com a família e as amizades também são representadas aqui.
    Posição 7: A personalidade. Que face está emergindo de dentro da psique de quem se consulta? Essa questão é respondida nesse ponto, e revela posturas conscientes.
    Posição 8: Relacionamentos íntimos e a expressão do afeto. A situação e a qualidade da vida amorosa e sexual.
    Posição 9: O aprendizado. Qual é a lição mais importante que o momento oferece? O que se pode apreender dessa vivência? A posição nove responde isso.
    Posição 10: Síntese. Essa posição revela o pano de fundo da situação, é o clima e o “para quê” da situação toda, sua finalidade dentro de um sentido maior, existencial.

    Um detalhe importante é o de comparar as posições 3 e 7, pois nossas posturas conscientes podem interferir naquilo que nossa alma solicita. Faça o mesmo com as posições 6 e 8 já que as relações sociais e familiares e nossos planos futuros influenciam nossas relações mais íntimas. Por fim, compare as posições 5 e 9 por não ser incomum que nosso aprendizados mais profundos na vida se choquem muitas vezes com nosso interessas materiais e ambições pessoais. Não deixe de notar também que as posições 3 e 4 são a parte mais profunda (o inconsciente) e as posições 5 e 6 são a porção mais exposta (o consciente). As duas primeiras são o domínio da alma e as últimas são o terreno do ego.
Contato com o autor:
Jaime E. Cannes - www.jaimeecannes.com
Outros trabalhos seus no Clube do Tarô: Autores
  Eu encontrei ese texto e achei muito interessante no site CLUBE DO TARÔ.  (http://www.clubedotaro.com.br/site/p52_3celtica_jaime.asp)

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

TARÔ Arcanos Maiores / Louco ao Eremita




LOUCO (0 ou 22)
 

TARÔ DE MARSELHA
Um homem andarilho que caminha sem rumo, ele é estimulado a avançar pelo cão (que pode ser o amigo ou o inimigo).
Ele traz uma trouxa ás costas que representa todo seu conhecimento herdado, mas ainda não consciente.
Ele não se importa com o caminho e que vai cair no abismo.
O Louco está no início de sua viagem. É o nosso viajante, percorrendo o caminho da vida e tentando entender os seus mistérios.




TARÔ MITOLÓGICO
DIONISO
A águia é o pássaro de Zeus, o rei dos deuses, que protege o Louco no momento em que se prepara para mergulhar no desconhecido.
A caverna da qual o Louco surgiu é o passado, a massa obscura e indiferenciada da qual o início de um verdadeiro sentido individualidade está para tomar forma.
Os chifres de bode na fronte do Louco sugerem, tal como as peles de animais que veste, que ele seja como um jovem animal conduzido à vida por instinto, ainda inconsciente e sem compreensão.

 


TARÔ EGÍPCIO
O REGRESSO / 22
- Plano Espiritual: o eclipse: não sabe distinguir o real do ilusório, fim de um ciclo e começo de outro. Mudança de fase.
- Plano Mental: Ani, o personagem principal do “Livro dos Mortos”, saindo triunfante da “Casa da Luz”, tendo realizado o ritual de Iniciação dos Sacerdotes. Carregando ao seu poder suas conquistas. Está envolto com a “Pele de Leopardo”, vestimenta própria dos sacerdotes, simbolizando a conquista do status de adulto.

Representa a realização do trabalho de Copas, a implantação do jogo de personagens necessários para a manifestação dos dons desenvolvidos.
Na mão direita o cajado mostrando que ele tem seu rebanho e sua plantação, o resultado de Paus. Representando que ele conquistou as estruturas básicas no ciclo passado.
Na mão esquerda, a chave da Sabedoria (Cruz Ansata), mostrando que ele aprendeu tudo o que deveria.
O resultado do trabalho de Ouros, a consciência e o uso dos conhecimentos. Os planos se unem em torno da figura central.
Do Plano Material emerge o crocodilo, símbolo das forças subterrâneas dominadas. O crocodilo reúne toda a matéria prima a ser aperfeiçoada. Representa à conquista do trabalho de Espadas, a realização dos objetivos, a transformação dos dons.

- Figura de pé voltada para a direita: muito ativo, em movimento, buscando o futuro.
- Cruz Ansata: chave da vida, imortalidade.
- Bastão dos patriarcas: poder adquirido através do conhecimento.
- Pisa no crocodilo: pisa nos medos, arrisca-se.
- Plano Material: o crocodilo invade o Plano Mental; medos reais.


“Minha alma não entra em teu segredo, nem meu navio em teu porto”.



MAGO (1)








TARÔ DE MARSELHA

- É representado por um jovem em pé (ação), segurando com a mão esquerda um bastão (poder). O Louco percebeu que tinha todos os elementos para trabalhar e tornou-se um Mago.
- Ele está atrás de uma mesa (quadrado representa o material) onde encontramos os quatro elementos:

- Elemento Ar = faca ou espada (o pensamento, esforço, luta e dificuldade),
- Elemento Terra = moeda ou pentagrama (o trabalho e a concretização),
- Elemento Água = taça (as emoções, os relacionamentos e a boa sorte),
- Elemento Fogo = vara ou bastão (talento, impulso, criatividade).

- O chapéu (oito deitado) símbolo do infinito (lemniscata), que representa o conhecimento.

- O Nº 1 é a Suprema Unidade, o Absoluto. O Tudo. O começo de todas as coisas.A vontade criadora. O Mago é o principio de ação, material e mental. É aquele que não se pode dividir. 




TARÔ MITOLÓGICO
HERMES
O cálice representa o Cálice da Sorte, particularmente a sorte do amor, pois Hermes é um entendido nos casos do coração.
A espada representa o fio cortante da mente e o seu poder, dado a Hermes por seu pai, Zeus.
A sacola de pentáculos ou de moedas marca Hermes como o deus da boa sorte, patrono dos comerciantes e dos homens de negócios.
O caduceu é a varinha mágica de Hermes, enrolada por duas serpentes que representam todos os opostos: o bem e o mal, o macho e a fêmea, escuridão e luz.





TARÔ EGÍPCIO

Os olhos do pássaro Uatchet – significa o deus da evolução.
- Akenaton, curioso em descobrir os segredos da vida. É o filho do Faraó, por isto representa a essência divina (os Faraós eram considerados encarnação dos deuses). Tem na mão um bastão, o primeiro instrumento que vai ter que aprender a utilizar para provar que é um adulto.

O menino também representa a Aa, divindade de aparência infantil masculina, com trança egípcia, tendo o cetro representando o disco solar e o colar a meia lua.
Pode ser visto também como o deus Horus menino. Era representado com o dedo sobre os lábios, sendo lhe atribuído o silêncio, com referencia a sua lenda de ter sido criado escondido do deus Set.
- Dentro do cubo, o pássaro Íbis, símbolo do deus Thot, significa o início de um novo tempo, nascimento.

Sobre o cubo estão à moeda, a espada e o vaso que junto do bastão da mão do Mago formam os quatro elementos que o menino vai ter que aprender a usar para poder se inserir dentro do seu universo, que para nós significa o ambiente que vivemos.
- Estes objetos estão relacionados com os quatro naipes do Tarot.
• O Mago é o Senhor do próprio destino e tem o domínio sobre os quatro elementos do universo: Terra, Fogo, Água e Ar.

Moeda: Naipe de Ouros. O poder da Terra. Através da moeda, Akenaton terá que aprender a discernir o valor das suas capacidades e do conhecimento adquirido e saber canalizar o uso disto de acordo com o seu sentido de vida para obter o crescimento e o saber. Representa os talentos e concretização.
Bastão: Naipe de Paus. O poder do Fogo. Mostra a tarefa de criar estruturas básicas: estudo, sobrevivência, casa, estabilidade emocional. Com o bastão Akenaton conquista o cajado que aparece na carta 22 (O Louco). Representa a criatividade.
Vaso: Naipe de Copas. O poder da Água. Representa a tarefa do indivíduo de estabelecer papéis de acordo com seus dons para conquistar seu espaço dentro da sociedade. Com o vaso, Akenaton atinge a pele de leopardo, símbolo da maioridade e do sacerdócio. Representa as emoções e a boa sorte.

Espada: Naipe de Espadas. O poder do Ar. Utilizando-se da espada, o menino terá que desenvolver seus dons, promovendo sua realização, dominando o crocodilo, que representa as forças de manutenção do já estabelecido, do Arcano do Regresso (22). Representa desenvolvimento dos dons.


SACERDOTISA / PAPISA (2)



TARÔ DE MARSELHA

- Uma mulher sentada (presente, passividade), se alguém deseja aprender dever aprender assim.
- Ela segura um livro (conhecimento, sabedoria), onde registra os acontecimentos passados.
- Ela está entre dois pilares (a dúvida), representa a Lei dos Opostos. Identificar o bem e o mal.
- Sobre ela está o véu (intuição).




 
TARÔ MITOLÓGICO
PERSÉFONE
A romã é tanto a fruta dos mortos quanto do amor conjugal graças a sua multiplicidade de sementes. É por isso que o mundo oculto de Perséfone é fértil e repleto de um potencial criativo a ser desenvolvido.
As colunas branca e preta representam à dualidade própria do Submundo. Os impulsos potenciais, tanto criativos, quanto destrutivos, estão ocultos na escuridão do inconsciente.
O narciso que Perséfone colheu quando Hades a raptou era associado aos mortos por causa de sua pálida cor fantasmagórica e de seu desabrochar anual durante a época do inverno. 





TARÔ EGÍPCIO
- A deusa Ísis, invade o com suas coroas, e não há mais nenhum atributo. Na cabeça a cobra é o símbolo da iniciação, as coroas simbolizam os tronos do Egito: o Alto Médio e Baixo Egito.
Na mitologia a deusa Ísis era a Grande Mãe, a Sacerdotisa. Dotada do conhecimento e de poderes ocultos. Ao redor dela, a Coluna Djed e sua sombra. A coluna do esquerdo (passado) é a real, e a do lado direito (futuro) a sua sombra. Ressaltando as faculdades da deusa, a clarividente, a capacidade de ver o passado, o presente e o futuro.
Em uma mão ela tem o papiro do Livro dos Mortos, que é o símbolo da sabedoria humana. Na outra a chave do saber adquirido.

- A Coluna de Djed significa a reencarnação. Uma coluna colorida, representando o renascimento, e sua sombra, a coluna preta, as vidas passadas.



IMPERATRIZ (3)




TARÔ MARSELHA
- Uma mulher sentada (passividade), com o olhar para o futuro, na mão direita segura um escudo com uma águia, símbolo das alturas a que pode elevar-se o espírito (intuição), age mais sobre a imaginação do que sobre a realidade. A águia é também o símbolo da alma e da vida, do Espírito Santo. Simboliza a inteligência e a imaginação criativa.
- Na mão esquerda segura o certo, símbolo de sua autoridade. Neste cetro, existe um globo que representa o mundo, e a cruz a espiritualidade que deve dominar a matéria.





TARÔ MITOLÓGICO
DEMÉTER
A caída d’água sugere o fluxo de sentimento e de fertilidade do mundo de Deméter. Ela preside os rituais do casamento e abençoa os frutos dessa união.
O diadema de castelos e torres que Deméter porta na cabeça representa o seu domínio sobre o instinto de construir casas seguras de pedra e de madeira, lugares de segurança e de paz.
O colar de 12 pedras preciosas simboliza os 12 signos do zodíaco.
Como regente da natureza, Deméter governa o ciclo ordenado das estações e as leis do Cosmos.





TARÔ EGÍPCIO

- A aura da deusa Nefth invadindo o Plano Mental, são as dozes estrelas que representam o saber. A deusa Nefth está sentada num cubo geométrico, que é o símbolo das relações do produto cartesiano, que significa um momento de trabalho mental. Nas mãos da deusa o bastão, significa o poder sobre o corpo e a matéria. Ela conversa com o pássaro Uatchet, que é o deus da Evolução, representação dos Olhos de Rá, símbolo do espírito. Ela é a mente, a conexão entre o material e o espiritual.



IMPERADOR (4)




TARÔ MARSELHA

- Um homem sentado usando uma coroa, símbolo do poder.
- Segura na mão direita um cetro semelhante ao da Imperatriz que representa uma autoridade racional e lógica.
- A mão esquerda segura o cinto, dizendo que detém o controle tanto da natureza impulsiva como da instintiva.
- Homem = ativo
- Cetro = autoridade
- Coroa = poder
- Semi sentado = preocupação com o seu reino.
- O nº 4 = número par (passivo) = 4 verbos = saber, querer, calar e ousar.

- A Imperatriz se apresenta de frente e o Imperador de perfil.
- Seus traços são fortes.




 

TARÔ MITOLÓGICO

ZEUS
O raio é o símbolo de poder de Zeus, não somente razão de sua imponência, mas também porque ele ilumina o céu. Zeus é um deus de inspiração e de repentina visão criativa. O raio também simboliza a sua revelação da verdade. Zeus tem a sua morada nos picos montanhosos porque é um deus de alturas mentais e espirituais e a sua vontade eleva-se acima da sujeição do corpo e das limitações da natureza.
A águia é o emblema de Zeus por causa de sua agudez de visão e poder de alto vôo, acima de qualquer outro pássaro de rapina, ele também expressa o instinto agressivo e de conquista do deus.






TARÔ EGÍPCIO

• - Chapéu do faraó (baixo Egito): poder mostra a lei dos quatro:
• Homem - água - o saber
• Leão - fogo - o querer
• Touro - terra - o calar
• Águia - ar - o ousar


- Realização das coisas materiais, a obtenção do poder.
Um hieróglifo, que significa “obstáculos” e em cima um cajado.
Estão dentro de uma chapa, iguais as que eram colocadas nos sarcófagos, contando a história dos mortos. Esta se encontra no túmulo de Osíris, ela significa: O homem que transpôs os obstáculos. Ele ultrapassou a matéria.



PAPA / HIEROFANTE (5)




TARÔ DE MARSELHA

- Um homem sentado, um sábio, paciente e piedoso.
- O Papa está no centro, é o ponto de equilíbrio.
- O Papa é simbolizado pela estrela de cinco pontas, Pentagrama, é a quinta essência, a espiritualidade, que trabalha através da respiração, base dos processos vitais do organismo, também interpretada como a vida. No plano arquétipo, simboliza a Árvore do Conhecimento do Bem. É portador das verdades superiores.
- Representa a Lei e o Dever Moral.






TARÔ MITOLÓGICO

QUÍRON
A caverna, que é o templo de Quíron, é uma formação natural e não um lugar de veneração feito pelo homem, pois é somente por meio dos ensinamentos espirituais que a vida física cotidiana é validada.
Os dois pilares são aqueles do Templo do Conhecimento por meio dos quais os discípulos entram para receber os ensinamentos de Quíron.
O pergaminho que o Centauro segura na mão esquerda é o da Lei, a palavra escrita que, por meio da revelação, comunica a vontade divina.






TARÔ EGÍPCIO

O HIERARCA

- Recipiente recebendo gota de óleo: captação de conhecimentos superiores. O masculino e o feminino – é símbolo da integração, do equilíbrio da união dos opostos.
- Ideograma He: representa a balança, justiça celestial, leis do karma.
- Máscara negra do chacal (ANÚBIS) Supremo Juiz Celestial – Deus da Magia e Deus da Química. Suprema Piedade e Suprema Impiedade da Lei. Conhecimento oculto e o segredo da preservação as vísceras.


- Dois triângulos unidos por uma barra: balança das energias representa as leis da justiça celestial, ação e reação, karma e darma, a causa e o efeito.
- O deus chacal (Anúbis) chega neste plano com suas orelhas. É esse deus que organiza o trabalho dos escravos. Representa o feitor, o realizador, o arquiteto. 



ENAMORADOS / NAMORADOS (6)




TARÔ DE MARSELHA

- Indeciso quanto à escolha, um jovem está em pé entre duas mulheres. A da direita simboliza o amor espiritualizado, a sabedoria. A da esquerda representa à sensualidade, o desejo, a força instintiva.
- As mulheres representam à mãe e a amante, a virtude e o vício, o Amor Universal e o Amor Humano, a razão e a paixão, à vontade e a vaidade, o bom senso e a presunção, a “decisão de abandonar a casa dos pais”.
- Um anjo, Cupido ou Eros, indica que uma decisão dever ser tomada, mas a vontade deve ser fortalecida.
- Arcano das responsabilidades.
- Quando o caos converte-se em harmonia trazendo a sua solução.
- O numero 6 representa a Estrela de David ou Selo de Salomão, estrela de 6 pontas. Este símbolo é formado por dois triângulos que se cruzam e se entrelaçam com o maior equilíbrio. São Mente Divinas e a Mente Humana que se interpenetram em harmonia e juntos tem um centro comum que é o sete (triângulo para cima = representa o masculino, o fogo, a evolução), (triângulo para baixo = representa o feminino, a água, a involução dar e receber).







TARÔ MITOLÓGICO

PÁRIS
Hera, esposa e porta-voz de Zeus, oferece o globo do mundo, que representa a autoridade terrena e a perspectiva ética de Zeus, o Imperador.
Atena oferece uma espada, que encontraremos mais tarde no Naipe de Espadas e simboliza o poder afiado da mente, a visão aguda e a assertividade que pertencem à esfera mental.
Afrodite oferece o cálice do amor que encontraremos no Naipe de Copas, que é um símbolo de relacionamento. 







TARÔ EGÍPCIO
A INDECISÃO

- A deusa Neith, deusa da guerra, portando um arco e flecha. Considerada alto procriadora, virgem tendo concebido Rá. Protegia as mulheres e a arte domestica. Representa a sagacidade e a ciência. Seu emblema era a ovelha. Como o cupido é o símbolo da conexão entre o que a pessoa deseja e a possibilidade da realização. Simboliza o envolvimento, o amor.
Ele está com os pés no passado e com os braços cruzados, numa atitude de não agir. A cabeça voltada para o lado direito, olhando para o futuro. Do lado dele duas mulheres, uma representa a mãe e a outra a noiva, ele está na passagem da família constituída para a constituição de sua própria família, o casamento. Esta cena mostra a passagem da adolescência para a idade adulta. No Egito a mulher casada aparece com os seios de fora e a virgem com os seios transparentes. Por isso o cupido, o que também é uma figura mitologia, aponta a mulher jovem. Ela é o símbolo do livre arbítrio, do homem poder escolher o seu caminho. O que está determinado no homem não são os fatos que vão acontecer no seu caminho, mas sim os seus dons.
- Um menino com os pés no ápice de uma pirâmide: os egípcios construíram as pirâmides com o objetivo de captar energia. Com esse cruzamento de linhas formavam captadores de energia, concentrando-a na pirâmide e através da pirâmide invertida emanar força para a terra, como se ela fosse capaz de fertilizar o solo.


CARRO (7)







TARÔ DE MARSELHA
- Um conquistador coroado de pé, em um carro triunfal, puxado por dois fogosos cavalos. O conquistador é o Mago, coroado por sua coragem e domínio das forças divergentes (cavalos).
- A Coroa representa que o Arcano é mental.
- O Carro é um veículo de poder, de conquista, em que podemos viajar pela vida.
- Os Cavalos representam à união do positivo e negativo, conflitos existentes nos seres humanos.
- O número SETE é sagrado. De acordo com a doutrina antiga o homem é composto de sete propriedades que estão sobre a influência de sete planetas.
- No Gênesis o processo alquímico passa por sete estágios de transformação, são sete dias da semana, sete vacas gordas, sete dias da criação, sete metais, etc. Na filosofia oriental, há a lei Sétupla da harmonia divina – são sete chacras principais.







TARÔ MITOLÓGICO
ARES
O cenário deserto pelo qual Ares passa não tem água, uma imagem que demonstra a falta de sentimentos e de relacionamento no qual dominam os impulsos agressivos. Entretanto, Ares e Afrodite têm uma mútua atração, como se os instintos de conflito e de relacionamento estivessem ligados de alguma forma.
A lança de Ares forma o tradicional símbolo do masculino, uma imagem de poder fálico e de potência, tanto no homem quanto na mulher.

Os cavalos branco e preto, como as duas colunas na carta da Sacerdotisa, refletem o potencial para o bem e para o mal contido no instinto agressivo.






TARÔ EGÍPCIO
O TRIUNFO / O CARRO DE OSÍRIS

- Duas esfinges: duas polaridades – proteção espiritual.
- Rodas invadem o plano físico: o mental gera movimento no físico.
- Cobrindo a carruagem, o disco solar alado, invadindo o Plano Mental – é o deus Uatchet – do olho, na forma já de serpente, com as asas do pássaro que levava as informações ao deus Rá. Ela simboliza uma proteção de Rá e o estimulo a evolução do deus Uatchet. A pessoa vai conquistar a integração que faltava para promover a transformação que a impedia de se realizar.
- A roda da briga, passa para este plano, é o símbolo da ação e realização do Hierarca, movimento que conquista um objetivo. Osíris dentro do carro representa os quatro primeiros arcanos do Tarô. Ele tem na mão o bastão do poder, que é uma coluna com uma pirâmide na ponta, é o símbolo do poder sobre a sua própria alma. No lado direito, a espada que simboliza a missão. As potencialidades que determinam a missão do homem perante a sociedade. Os desejo e impulso de superação.
- As duas esfinges que protegiam a entrada dos templos representam o Sol nascente, uma negra e outra branca, olhando para os dois lados: passado e futuro, significando a percepção do sentido da evolução. 




JUSTIÇA (8)



TARÔ DE MARSELHA
- Uma mulher com convicção firme, sentada num trono imponente e sólido, com uma coroa de ferro na cabeça.
- Sua espada levantada para o céu, para manter as decisões fieis ao espírito, é símbolo de sua severidade. É um sinal de proteção para os bons e ameaças para os maus.





 

TARÔ MITOLÓGICO
ATENA
O piso xadrez em branco e preto sugere a capacidade da mente para integrar tanto à luz quanto à escuridão em um padrão ordenado e coerente.
A coruja é o pássaro de Atena, que reflete a clareza de visão, pois ela enxerga e caça a sua vítima na escuridão da noite.
A balança simboliza a capacidade de pesar uma coisa em comparação à outra para chegar a um juízo imparcial. Na Mitologia Grega, dizem que Atena inventou o primeiro júri humano.







TARÔ EGÍPCIO
A BALANÇA DA CONSCIÊNCIA

- A deusa Maat sempre sentada sobre esses degraus. Tem as mãos a balança que simboliza a justiça, o poder da pessoa promover a realização dos seus dons. Mostra que está centrada naquilo que ela quer fazer, pois quando realiza os seus dons, será gratificado. Tem as mãos a espada símbolo da missão e a balança que pesa o poder e a prosperidade.
- A colina primordial simbolizada pelos três degraus ela representa a origem do universo. Estes degraus representam todos os mundos. Dos Mortos, dos Homens e dos Deuses, como corpo, mente e espírito.


 
EREMITA (9)




TARÔ DE MARSELHA
O Eremita representa a vitória espiritual sobre a matéria.
Homem velho: passivo.
Homem está em pé: ativo.
Um ancião envolto em um manto escuro simbolizando discrição e austeridade.
Sabe os maçons, que é preciso estar coberto para trabalhar. O manto representa serenidade.
Segura na mão direita a lâmpada do espírito de luz interior, conhecimento das ciências ocultas, ele representa o símbolo dos Iniciados.
A mão esquerda apóia-se no cajado que representa o poder, o saber mágico.
A voz da experiência, o tempo (Senhor de tudo).
Arcano do conhecimento e todo conhecimento deve ser usado para o progresso. 





 
TARÔ MITOLÓGICO
CRONOS
A lanterna que Cronos carrega é a luz da percepção e do conhecimento, angariados pela solidão e pela paciente espera que a carta do Eremita implica.
O corvo é o pássaro de Cronos, pois se acredita que seja a encarnação do espírito do velho rei que morreu para abrir caminho para o novo ciclo.
A lâmina da foice em forma de crescente também representa a Lua, doada a Cronos por sua mãe Gaia, simbolizando as eternas flutuações e os ciclos do tempo.







TARÔ EGÍPCIO
O ERMITÃO

- Aton, o deus que traz a energia vital, o deus único de Akenaton. Os raios sobem para o sol e não são projetados por ele, mas como se o Eremita estivesse promovendo a luz.
- Ele tem nas mãos um cajado e a lamparina. O cajado é a base, a estrutura. A palmeira atrás dele, no lado do passado indica que ele está deixando o deserto, saindo do isolamento. O sol, coberto pela tempestade de areia, simboliza a luz que estava encoberta.
- O Eremita está à procura de si mesmo.







 
Fonte:
- "Tarô Mitológico" - Juliet Sharman-Burke e Liz Greene

- “La Cabala de Preciccion" – J. Iglesias Janeiro


- “Tarot Egípcio - A jornada do Ser" - Nelise C. Vieira