Eu encontrei esse Tarô Mitológico na internet e fiquei muito feliz porque gosto muito desse tarô. Assim estou postando pra vocês. Façam bom proveito!
O LOUCO
Descrição: Saído de uma caverna e observado por uma ave pousada em um
galho, vemos o nascente ao fundo. O rapaz está vestido de peles e tem
uma coroa de folhas de vide, além de pequenos chifres na cabeça. Dá um
passo rumo ao desfiladeiro, onde pode se precipitar, pois está olhando
para o céu ao invés de prestar atenção para onde anda naquele momento.
Simbolismo: A caverna é o inconsciente. Os chifres e a roupa de
peles, indicam que ele tem muito da natureza animal instintiva. Olha
para o alto: indica ligação com as coisas superiores, mas que está se
descuidando das coisas terrenas e nisto há grande perigo. O ideal é que
conseguisse mediar ambas as direções, e não dedicar atenção exclusiva a
apenas uma delas. Cair no abismo seria perder o juízo, a razão, o
discernimento. Estar na montaha significa proteção Divina, mas não deve
viver nas nuvens, ou cairá no perigo da imaginação excessiva e da
abstração que lhe exporá aos perigos do mundo real.
Análise do arquétipo: Configura a imagem do impulso misterioso
dentro de cada um de nós, aquilo que nos impele para o desconhecido. Ele
representa o impulso irracional que provoca a mudança, a abertura de
caminhos e a ampliação dos horizontes desconhecidos. O Louco está no
início de sua jornada, e sempre que somos acometidos pelo impulso
misterioso que ele representa, nós também nos colocamos no umbral de uma
nova caminhada. Essa carta indica o advento de um novo capítulo da
vida, sempre que se faz presente. Existe o risco, mas existe também o
desejo de saltar no desconhecido. O Louco é a imagem do nosso misterioso
impulso de mergulhar no desconhecido. O nosso lado conservador
cauteloso e realista, observa com horror esse espírito selvagem e jovem.
A loucura existe perante a nossa parte ligada ao mundo da forma, dos
fatos e da lógica. Mas, num sentido mais profundo, não se trata de
loucura, mas do impulso da mudança que nos atinge inadvertidamente sem
base racional ou plano de ação. O Louco representa a abertura dos
horizontes e isso pode ser criativo ou destrutivo ou os dois juntos. Ele
pode se precipitar no abismo, mas se não o fizer, pode afundar numa
vida monótona, banal e sem sentido, chegando ao seu final perguntado "o
que perdemos?" ou "por que o mundo parece tão vazio?"
O LOUCO
Quando aparece numa tiragem de cartas: O Louco inaugura o advento de
um novo capítulo na nossa vida. Um risco que devemos correr. O arcano
retrata um desafio.
Carta invertida ou não: O Louco é ambivalente, pois não há qualquer
garantia de segurança. E não iniciar a jornada significa negar tudo em
nós que seja ousado e arrojado.
O MAGO
Descrição: O Mago está em uma encruzilhada apontando para cima e para
baixo, e a seus pés encontram-se objetos de poder que são seus símbolos e
representam os quatro elementos: A espada (fogo), o cálice (água), o
escudo de ouro (terra), o caduceu (ar). As serpentes entrelaçadas do
caduceu representam o bem e o mal. O pentagrama no escudo simboliza a
eternidade. Os quatro elementos podem estar sob o comando do Mago se ele
estiver à altura de comandá-los.
Simbolismo: Apontar para cima e para baixo é uma referência ao
Macrocosmo e Microcosmo: "O que está em cima é como o que está em
baixo". Estar numa encruzilhada significa que o Mago pode ser um grande
homem, sábio, magnânimo e trabalhar pelo benefício dos outros.
Análise do arquétipo: Ele representa o guia. Significa que em algum
ponto dentro de nós, sempre vai existir um vislumbre das profundezas do
inconsciente para indicar-nos a direção que devemos tomar e que escolhas
poderemos fazer. O Mago aponta para os dons e para o potencial
criativo, que ainda não se manifestou em nós. Pode surgir como um
pressentimento, uma intuição, ou uma sensação de sermos empurrados a
aceitar as novas oportunidades. Indica um momento de clareza e de
identificação das possibilidades inexploradas. Ele é o guia, quer dizer,
em nosso interior, no universo por detrás das pálpebras, mesmo estando
confusos ou perdidos, temos recursos inconscientes para intuir a direção
a ser tomada e as escolhas a empreender. O Mago é o poder inconsciente
que cuida de nós e que aparece por mágica nos momentos mais críticos e
difíceis da vida, para orientar e dar sabedoria.
O MAGO
Quando aparece numa tiragem de cartas: O Mago aparece como uma pista
repentina ou a descoberta de que temos a disposição mais do que um
pensamento. O arcano pode aparecer como uma onda de energia e uma
intuição de excitantes novas chances. Ele pressente o discernimento e
uma percepção de possibilidades não exploradas.
Carta invertida ou não: O Mago pode seguir pelo caminho do
charlatanismo e enganar para servir-se da pessoa. Seguir o guia interior
não significa sempre empreender escolhas seguras para garantir bons
resultados.
A SACERDOTISA
Descrição: Ela segura uma romã e um narcizo. Está entre duas colunas:
uma negra e outra branca. Encontra-se na parte de baixo de uma escadaria
escura que no alto tem uma porta aberta exibindo uma bela paisagem. Na
cabeça uma coroa.
Simbolismo: Os narcisos estão ligados à morte. A romã por suas
inúmeras sementes, simboliza a vida. As colunas são uma alegoria do Bem e
do Mal. A escadaria é o desenvolvimento espiritual, onde se pode
tropeçar em algum degrau. Subindo-se atinge-se conhecimento, simbolizado
pela paisagem.
Análise do arquétipo: A Sacerdotisa é uma mulher espiritualizada,
que revela forças ocultas e segredos, dotando-nos com esse conhecimento,
é a imagem do elo com o misterioso e insondável mundo interior que
denominamos "inconsciente". Esse universo contém nossos potenciais a
serem desenvolvidos bem como as facetas sombrias e mais primitivas de
nossa personalidade. A Sacerdotisa é a lei natural operando dentro das
profundezas da alma, que governa o desenrolar do destino a partir de um
ponto invisível e que é apenas revelado por meio do sentimento, da
intuição e dos sonhos. Ela indica a força da intuição do indivíduo e
sugere que haverá um encontro com o mundo interior. O indivíduo pode
estar sendo conduzido para esse mundo sem qualquer explicação por
intermédio de seu interesse pelas coisas ocultas, pelo esoterismo ou,
talvez, pelos efeitos de algum sonho perturbador. Enfim, por algo que de
alguma forma lhe diga que existem forças superiores que atuam na vida
das pessoas. É uma figura que incorpora nossa parte que conhece nossos
mais íntimos segredos. Nas estranhas coincidências está a sacerdotisa,
aquela que incorpora um constante vai-e-vem de algo. É uma imagem que
governa o desenrolar do destino, que é revelada somente pela
sensibilidade e pelo sentimento. Esse arquétipo está ligado à intuição.
A SACERDOTISA
Quando aparece numa tiragem de cartas: Prevê um aumento dos poderes
intuitivos e de um sentido interno de que alguma coisa está agindo na
vida da pessoa.
Carta invertida ou não: A Sacerdotisa também pode indicar a falta de
controle que induz ao misticismo desenfreado e ao fanatismo.
A IMPERATRIZ
Descrição: Ela encontra-se colhendo num campo de trigo, onde ao fundo,
há uma bela queda d'água. A mulher está grávida e usa uma coroa em
forma de castelo.
Simbolismo: O mistério traz a idéia de fertilidade por causa do
trigo e da cachoeira. Por causa da coroa, dá ideía também de fortaleza,
firmeza de propósitos e sobriedade. A imagem bucólica revela a
apreciação dos sentidos e dos simples prazeres da vida cotidiana.
Análise do arquétipo: A imagem da Imperatriz, reflete a experiência
da maternidade, que não está restrita apenas aos processos físicos de
gestação, nascimento e aleitamento, mas também à experiência interior da
Grande Mãe, ou seja: a descoberta do corpo como algo precioso e valioso
e que requer muita atenção. É a conscientização de sermos parte da
natureza e de estarmos ligados à vida natural. Se não tivermos a Grande
Mãe dentro de nós, não poderemos gerar nada e não seremos capazes de dar
frutos, pois esse é o aspecto da natureza humana que sabe ter paciência
e sabe esperar com tranqüilidade até o momento em que as coisas estejam
maduras, quando então teremos condições de agir. Sem ela, não poderemos
gostar do nosso corpo e estaremos desligados do sentido natural,
colocando-nos num plano puramente intelectual e fantasioso, não
respeitando os limites da realidade. Por meio desta carta, poderemos
estar no âmago do corpo e dos instintos, como um local de paz e
estagnação, de criatividade e limitação.
A IMPERATRIZ
Quando aparece numa tiragem de cartas: A Imperatriz quando surge num
jogo, indica a chegada de uma fase da vida mais ligada às coisas
terrenas: um casamento, ou mesmo o nascimento de uma criança podem estar
prestes a ocorrer. Sugere uma fase da vida mais ligada à família.
Carta invertida ou não: Seu lado obscuro significa estagnação do
espírito, apatia e indiferença que neutralizam qualquer possibilidade de
mudança. O arcano pode também indicar mudanças, separações e ocorrência
de finalizações.
O IMPERADOR
Descrição: Seu trono está sobre a rocha, cercado por montanhas. Em seu
ombro repousa uma águia. Em uma de suas mãos um cetro de raios, e na
outra um globo.
Simbolismo: O trono sobre a rocha simboliza a firmeza de sua
autoridade e seu poder real é legítimo, isso é confirmado pelas
montanhas que representa a morada dos deuses, numa indicação de
sustentação da majestade que lhe foi conferida. Assim, ele é o que
governa de direito. A águia representa seu contato com o que é elevado e
sua ampla visão. O globo terrestre significa que ele domina sobre a
face da Terra.
Análise do arquétipo: O Imperador, é a imagem da experiência da
paternidade. É o pai que incorpora nossos ideais espirituais, nossos
códigos de ética e a auto-suficiência com a qual conseguimos sobreviver
no mundo. É a autoridade e a ambição que nos impulsionam a conseguir o
que queremos, bem como a disciplina e a antevisão de que precisamos para
completar nossos objetivos.
É o princípio masculino dentro de cada um de nós. Nesse momento, o
Imperador é o espírito, e não o corpo, que prevalece na instituição dos
valores, em vez da intuição natural requisitada em situações anteriores.
O Pai dentro de nós implica também o auto-respeito, pois é exatamente
esse aspecto de nossa personalidade que pode fazer uma escolha ou
estabelecer um princípio, para depois aceitar os desafios da vida.
O IMPERADOR
Quando aparece numa tiragem de cartas: O Imperador, indica o confronto
com o princípio paternal, tanto em seu aspecto positivo quanto
negativo. Nesse momento somos desafiados a trazer algo à tona, temos de
concretizar uma idéia, fazer um plano, construir alguma coisa no mundo.
Como, por exemplo, abrir um negócio ou reestruturá-lo, ou mesmo
estabelecer vínculos familiares, como um noivado ou um casamento. O
arcano exige de nós a ação, em vez da intuição, porque é o mistério do
princípio masculino em homens e mulheres, necessário para enfrentar os
desafios da vida. O Imperador indica que devemos assumir uma posição e
que temos de enfrentar a vida sozinhos, com nossos próprios recursos
progredir.
Carta invertida ou não: Seu lado sombrio é expresso pela implacável
retidão. Ele protege fracos e pobres, humildes e desamparados, mas
revela sua ira e vingança em nível interior. A carta indica que devemos
nos tornar éticos, efetivos e poderosos, mas pode acontecer do poder nos
corromper, pois uma autoridade exercida de forma excessiva se tornará
em tirania. É a semente da megalomania, da usurpação e do autoritarismo.
O HIEROFANTE
Descrição: É o sumo-sacerdote representado por um centauro. Está numa
caverna, usa uma coroa, em uma mão segura um pergaminho e na outra faz
um antigo gesto perdido nas noites do tempo.
Simbolismo: A metade humana representa a natureza superior, a metade
cavalo a natureza animal. A coroa mostra a força intelectual e o gesto é
de bendição, que afasta toda negatividade, repare na luz que incide
sobre sua mão. O pergaminho simboliza o saber oculto, enquanto a caverna
significa a reclusão, a meditação, o lugar de conciliação de ambas as
naturezas.
Análise do arquétipo: Representa a parte do ser humano que se eleva
às questões do espírito para compreender aquilo que Deus deseja de nós.
Ele simboliza o mestre espiritual dentro de cada um de nós, o
intermediário que estabelece a ligação entre a consciência terrena e o
conhecimento intuitivo da lei divina. O Hierofante é o intérprete que
esclarece a natureza das leis que devemos seguir para entrarmos em
sintonia com o divino. É a nossa parte que invoca o espírito para
estabelecer uma ligação entre consciência terrena e conhecimento da lei
de Deus. O Hierofante pode aparecer na vida exterior na forma de um
analista, psicoterapeuta, mentor espiritual, para quem nos voltamos em
busca de ajuda.
O HIEROFANTE
Quando aparece numa tiragem de carta: Ao surgir num jogo, indica que o
indivíduo está começando a buscar algumas respostas de ordem
filosófica. Esses questionamentos podem se traduzir no estudo
aprofundado de alguma filosofia, ou de um sistema religioso, ou crença,
ou mesmo na forma de um profundo comprometimento com relação ao sentido
da vida. Invoca um comportamento correto aos olhos de Deus e implica que
o indivíduo começará a procurar respostas de nível metafísico. Indica
que a pessoa deve começar a preparar-se para enfrentar os desafios da
vida.
Carta invertida ou não: Fora de controle, denota arrogância e
inteligência mal dirigida. Prepotência de um intelecto auto-centrado.
VII - OS ENAMORADOS
Descrição: Um homem está num verde campo, diante de três belas
mulheres, tão luxuriantes quanto a própria paisagem. Ele tem nas mãos
uma maçã e um cajado. Ele tem que eleger uma delas.
Simbolismo: A que tem um globo na mão, é a mais poderosa e está
coroada. O globo representa sua autoridade e a coroa, sua majestade.
Aquela que está seminua e porta uma taça, simboliza o amor e a beleza. A
terceira porta uma espada, e a espada é símbolo da justiça. As três
exibem suas qualidades, os motivos pelos quais merecem ser escolhidas: a
primeira deveria ser escolhida por sua nobreza, a do meio por ser a
doadora do amor sensual e a última por demonstrar ser uma mulher firme e
justa. Mas ele, guiado por seu cajado diante de sua escolha, tem em uma
das mãos a maçã que simboliza o pecado, o que indica que ele pode errar
em sua escolha, que para ele é um dilema.
Análise do arquétipo: Representa o primeiro grande desafio da vida
para o desenvolvimento individual: o problema da escolha no amor. O
dilema não se restringe apenas a decidir entre duas mulheres ou entre
dois homens. Representa também nossos valores, uma vez que nossa escolha
nos remete ao tipo de pessoa que queremos nos tornar. Sua escolha está
vinculada a seus desejos e não a sua pessoa. Estamos aqui diante do
dilema: livre-arbítrio versus compulsão instintiva. A carta dos
Enamorados indica a necessidade de escolha quase sempre no plano
amoroso. O arcano indica os cuidados que se deve ter nos assuntos do
coração.
OS ENAMORADOS
Quando aparece numa tiragem de carta: Ela prevê algum tipo de escolha,
geralmente no amor. Às vezes significa um triângulo amoroso, um
casamento às pressas ou a escolha entre o amor e a carreira profissional
ou alguma outra atividade criativa. Esse arcano implica analisar
cuidadosamente as consequências de nossas escolhas. A carta diz respeito
à necessidade de se olhar atentamente as implicações das escolhas
pessoais e não se deixar conduzir cegamente pelos impulsos, que poderão
trazer, a deflagração da própria derrota.
Carta invertida ou não: A carta indica a possibilidade de não
havendo responsabilidade, esse descontrole pode causar tragédias, em
função da traição, das mentiras, da infidelidade.
O CARRO
Descrição: Vê-se um deserto, e um soldado guiando uma biga. Há uma
lança no carro conduzido por dois corcéis: um negro e um branco. Parece
que cada animal olha e impulsiona para uma direção diferente. O condutor
olha para frente. Ao fundo, nuvens carregadas indicam a aproximação de
uma tempestade.
Simbolismo: Esse arcano mostra firmeza de caráter e atitudes e o
olhar firme e em frente do condutor, denota comando sobre as paixões
conflitantes, alegoria feita também pelos dois animais que estão sob
suas rédeas. A lança denota um símbolo fálico, que alude à força e
poder. O deserto simboliza a ausência de sentimentos, que surgirá quando
a agressividade e a combatividade extrema tomar o lugar da determinação
e da coragem. A tempestade é o prenúncio dessa falta de controle, e o
carro deve estar sempre à frente dessa tempestade ou será alcançado por
ela. O condutor do carro não pode perder o controle.
Análise do arquétipo: O Carro é arquetípico dos instintos agressivos
guiados pela vontade do consciente. Os cavalos que puxam o carro seguem
direções opostas e simbolizam as ânsias animais e selvagens em conflito
dentro de nós mesmos, repletas de vitalidade e ao mesmo tempo sem a
menor vontade de operar em harmonia. Essas forças devem ser trabalhadas
com pulso e firmeza, mas não devem ser reprimidas ou anuladas, pois, se o
forem, perderemos toda a potência e a força para sobreviver e vencer os
obstáculos da vida. A carta indica uma vontade férrea, dimensão
necessária do caráter humano para sobreviver num mundo competitivo.
O CARRO
Quando aparece numa tiragem de carta: O Carro num jogo indica o
conflito e a luta, que, por sua vez, resultam em crescimento e
fortalecimento da personalidade. É possível que a pessoa tenha de
enfrentar não apenas a agressividade dos outros mas os próprios impulsos
e anseios agressivos. Esse conflito não poderá ser evitado, mas deverá
ser encarado com força e comedimento. O arcano indica sobrevivência às
humilhações e derrotas, das quais ressurge o forte. No sentido
divinatório, o carro indica uma luta que deve ser enfrentada com força e
reserva, e aponta para uma personalidade que resistirá à mesma,
sobressaindo-se inatingível e fortalecida.
Carta invertida ou não: O arcano aponta para um conflito, seja por
uma disputa irada com alguém ou por uma brutal busca por um objeto de
amor. O mistério prevê uma adversidade.
A FORÇA
Descrição: No interior de uma caverna escura, um homem subjuga uma
fera. No chão uma espada e um bastão, mas o homem não os utiliza, usa
suas próprias mãos. A paisagem exterior exibe montanhas sobre a luz do
dia.
Simbolismo: A caverna é o inconsciente e refere-se à força interior
do homem que pode vencer desafios, obstáculos e o medo. Montar o leão é
dominar a ira. A imagem no exterior da caverna é prenúncio de vitória.
Análise do arquétipo: Configura o eterno problema de contermos a
fera que mora dentro de nós, ao mesmo tempo em que tentamos preservar as
suas características primitivas, o instinto vital e criativo. O leão,
na mitologia, sempre esteve associado à realeza, mesmo quando em sua
forma mais destrutiva, e esse rei dos animais é a imagem do princípio
infantil, egocêntrico e totalmente selvagem presente desde o início da
formação de uma personalidade. Essa invencibilidade está ligada ao
sentido de permanência interior que surge a partir do reconhecimento do
próprio eu. Sempre que vestimos a pele do leão derrotado por nós, as
opiniões dos outros jamais terão valor, pois estamos armados com a mais
poderosa couraça, nossa própria identidade.
A FORÇA
Quando aparece numa tiragem de carta: A carta da Força, ao aparecer
num jogo, indica uma situação onde a colisão com o leão interior é
inevitável e onde a administração bem conduzida da própria raiva é
altamente benéfica. A coragem, a força e a autodisciplina são
necessárias para dominar a situação. No sentido divinatório o arcano
aponta para a necessidade de controlar a raiva e o orgulho insensato.
Coragem, força e autodisciplina são solicitadas para enfrentar a
situação, o que gerará confiança e integridade para com o próximo.
Carta invertida ou não: Ela implica uma situação de embate, um luta com forças poderosas.
O EREMITA
Descrição: Numa paisagem desértica, é noite. O eremita está envolto
num longo manto, segurando uma lanterna e uma foice. Sobre seu ombro
está pousado um corvo.
Simbolismo: Esse é o arcano da sabedoria. O deserto é o
inconsciente, a noite representa as consequências da falta de
discernimento. O corvo, porém, como a coruja, é símbolo dos sábios. A
lanterna significa a luz do conhecimento, e a foice está relacionada com
a necessidade de mudanças radicais. Esta carta evoca a reclusão, a
meditação, a ponderação e a prudência.
Análise do arquétipo: O Eremita, é a imagem da lição do tempo e das
limitações da vida mortal. Nada pode ir além do âmbito da própria vida e
nada permanece inalterado. Essa é uma faceta óbvia e simples da vida
que, a despeito da simplicidade e da obviedade, nos causa sofrimento
durante o aprendizado e que só nos chega com a idade e com a
experiência. O Eremita é um deus que encarna tanto o sentido do tempo
como também se rebela contra ele. E por isso é destronado e humilhado,
devendo aprender com a solidão e no silêncio da própria dor. A
descoberta de que se está realmente sozinho na vida constitui o dilema
que todos os homens precisam enfrentar. A aceitação da própria condição é
também, e de uma maneira misteriosa, a separação real dos pais e da
infância porque significa o sacrifício da fantasia de que, em alguma
época, alguém, num passe de mágica, transformará o aconchego perpétuo na
aridez da nossa existência. Somente a aceitação dessa passagem é que
poderá trazer as recompensas da Era Dourada de Cronos. O tempo e não a
luta pode nos liberar , então o arcano indica que devemos ser resignados
diante do que não podemos mudar e isso resultará em qualidade de calma e
serenidade, sem as quais não podemos suportar os obstáculos e as
desilusões que a vida nos reserva de quando em vez. As vicissitudes da
vida nos esmagariam se não pudermos ser capazes de praticar a paciência.
É o arquétipo que nos lembra de nossa condição: somos sós e mortais. A
carta reitera que "o viveram felizes para sempre" não pode acontecer e
temos de aceitar. Há uma oportunidade, porém, de estabelecer fundamentos
sólidos, se entendermos que é preciso nos recolher em nosso deserto
interior.
O EREMITA
Quando aparece numa tiragem de cartas: A carta de Cronos, o Eremita,
indica um período de solitude, de exílio voluntário das coisas mundanas,
da agitação da vida, de forma a obtermos paciência e sabedoria. Esse
momento representa a grande oportunidade de erguer e fortalecer a
personalidade se estivermos dispostos a esperar.
Carta invertida ou não: A face negativa é a calcificação, uma
resistência teimosa à mudança. A carta prevê um tempo de solidão ou de
isolamento.
15/08/2011 Publicada por Enamorados
XI - A RODA DA FORTUNA
Descrição: Três mulheres fiam no interior de uma caverna. Lá fora é
dia e a paisagem é montanhosa. As mulheres denotam diferentes idades:
juventude, maturidade e velhice. Na roda diferentes personagens ora
estão em cima ora estão em baixo, de acordo com o giro.
Simbolismo: A caverna simboliza tanto o útero quanto a tumba. Essa
carta está relacionada com mudanças, pois os personagens mudam de
situação, como a indicar que na vida os acontecimentos são cíclicos. As
mulheres de diferentes idades simbolizam o passar do tempo, como se as
três fossem a mesma mulher. Uma segura um novelo, a outra um fio mais ou
menos esticado e outra mulher porta uma tesoura. O novelo representa o
emaranhado de acontecimentos na vida, o fio desenrolado, livre na mão da
mais jovem, mostra a simplicidade da fase da juventude. A tesoura corta
o fio da vida, do viço, da juventude, é o fim da experiência.
Análise do arquétipo: A Roda da Fortuna configura a misteriosa e
insofismável lei que atua dentro do indivíduo. É essa mesma lei
desconhecida e invisível que determina as súbitas mudanças e que, por
sua vez, altera os padrões preestabelecidos da vida. As quatro figuras
humanas agarradas à Roda representam os vários estágios do destino, pois
toda vez que a vida muda não paramos para pensar no movimento da Roda
como causa da alteração, mas simplesmente nos preocupamos com nossas
próprias reações a tais mudanças. A carta da Roda da Fortuna não
significa simplesmente as mudanças bruscas da vida, seja por acaso,
sorte ou acidente. Por trás da Roda sempre estão as forças do destino,
que planejam ordenadamente todas as mudanças da vida, ainda que
atribuamos tudo ao acaso. A virada da Roda sempre traz o crescimento e
inaugura uma nova fase da vida. Não podemos saber o que nos espera, ou
melhor, o que encontraremos.
A RODA DA FORTUNA
Quando aparece numa tiragem de cartas: A carta não diz respeito às
mudanças bruscas da sorte. Nesse mistério encontra-se a mensagem do
poder que tece o padrão, ou seja, a própria existência. No sentido
divinatório, haverá uma mudança, positiva ou não, mas que produzirá
crescimento e uma nova fase de vida.
Carta invertida ou não: Algo virá ao nosso encontro, o arcano prevê
uma novidade que pode ser negativa, denotando que devemos estar alertas.
XII - A JUSTIÇA
Descrição: Num templo há um trono e nele está uma mulher que trás uma
balança em uma das mãos e na outra uma espada. Uma coruja está pousada
em seu ombro, no chão quadros pretos e brancos como num tabuleiro de
xadrez.
Simbolismo: A coruja que enxerga no escuro simboliza sabedoria. A
balança, a capacidade de julgar. A espada de fazer valer as decisões. O
quadriculado sobre o qual está o trono, denota ordem e sequência
pré-estabelecida. Esse mistério indica ponderação, racionalidade e
decisão imparcial.
Análise do arquétipo: A lâmina é a imagem do julgamento reflexivo e
da racionalização. O julgamento não tem por base o sentimento pessoal,
mas a avaliação imparcial e objetiva de todos os fatores contidos numa
situação. O Julgamento se estrutura nos princípios éticos que servem de
parâmetros rígidos para qualquer escolha. Sempre que a Justiça aparece
num jogo, há a necessidade do pensamento equilibrado e da tomada de
decisão imparcial.
A JUSTIÇA
Quando aparece numa tiragem de cartas: No sentido divinatório, quando
aparece A Justiça, ela implica a necessidade de um pensamento
equilibrado e de uma tomada de atitude. Ela é uma figura que ergue-nos
acima da natureza e representa nossos esforços para a harmonização da
mente e do espírito.
Carta invertida ou não: A carta também tem dois lados: a reflexão
pode vir a destruir o calor e o aconchego de um relacionamento pessoal. A
espada indica que pode cortar o coração com verdades gerais que não se
aplicam a uma situação específica.
O ENFORCADO
Quando aparece numa tiragem de cartas: Essa carta indica a necessidade
do sacrifício voluntário com o propósito de atingir algo muito mais
valioso. Pode ser o sacrifício de algo material que nos traga segurança
em beneficio do potencial que pode ser desenvolvido. Ou então o
sacrifício de uma postura de superioridade intelectual, ou de ódio
incontido, ou de teimosia em perseguir uma fantasia inatingível.
Carta invertida ou não: Pressagia que o sofrimento exigido resultará
num bem maior. O enforcado prevê algo de maior valor em troca do
sacrifício.
A MORTE
Descrição: Três seres humanos oferecem presentes: a criança, uma flor;
a mulher, uma coroa de ouro; o homem, moedas de ouro. Atrás da
divindade está o rio Estige, o rio dos mortos. De um lado uma terra
seca, na outra margem montanhas férteis, o leste, o nascente.
Simbolismo: Esse é o arcano da transformação. As pessoas que o
presenteiam indicam que confiam nele, que representa mudança, e estão
depositando, na verdade, confiança nessa mudança.
Análise do arquétipo: O mistério é a configuração da finalização
definitiva de um ciclo de vida. Sempre que tomamos uma nova atitude,
novas circunstâncias podem ocorrer. Morre a postura antiga, que jamais
voltará a original. Simboliza aquilo que experimentamos com todos os
finais. Ele indica o luto, a dor que sempre acompanha um término, tão
necessário para podermos começar um novo ciclo. A carta da Morte não
significa necessariamente uma finalização ruim. A experiência do final
inevitável pode estar ligada a fatos completamente agradáveis, como o
casamento ou o nascimento de uma criança, porque tais acontecimentos não
apenas indicam o início de algo novo como também indicam a morte de um
antigo modo de vida, e assim a perda deve ser reconhecida e não
lamentada.
A MORTE
Quando aparece numa tiragem de cartas: Essa carta indica que algo deve
terminar. Se essa experiência será dolorosa ou não, depende da
capacidade da pessoa em aceitar e reconhecer a necessidade dos
fechamentos.
Carta invertida ou não: Esse arcano indica que encerra-se um ciclo e
inicia outro. Diferente. Esse mistério não simboliza um final negativo.
Não é a descrição da morte física, mas a mudança de um ciclo. Ela pode
anunciar a oportunidade de uma vida nova, desde que consigamos abrir mão
da antiga.
A TEMPERANÇA
Descrição: A mulher angélica mistura o conteúdo de duas taças: uma de
ouro e outra de prata. Tem um pé na margem e outro no rio. Acima um
arco-íris.
Simbolismo: Esta lâmina lembra a conciliação dos opostos. A posição
dos pés denotam duas realidades coexistindo. As taças simbolizam os
princípios masculino e feminino. O arco-íris representa renovação.
Análise do arquétipo: A Temperança, boa e misericordiosa, está
intimamente ligada à função do sentimento, que é diferente daquilo que
chamamos de emoção, pois esta é uma reação visceral a uma situação, ao
passo que aquele é a escolha refletida de um afeto. A função do
sentimento é uma constante variação entre os opostos, uma cuidadosa
percepção das necessidades de uma situação específica com o objetivo de
atingir a harmonia. Por isso, a imagem derrama sem cessar água de uma
taça para outra porque o sentimento precisa fluir constantemente para se
renovar de acordo com as necessidades de cada momento. Entretanto, sua
finalidade principal serve aos propósitos do âmago feminino mais que aos
do masculino, e quaisquer que sejam as reações mutantes do fluxo até
mesmo a raiva e o conflito , a meta será sempre a cooperação, a harmonia
e um relacionamento melhor.
A TEMPERANÇA
Quando aparece numa tiragem de cartas: A Temperança num jogo indica a
necessidade de um redirecionamento no fluxo dos sentimentos e dos
relacionamentos. O arcano recomenda a harmonia e a cooperação como
condições necessárias a um bom relacionamento ou a um casamento feliz.
Carta invertida ou não: O arcano nos desafia a cultivar um coração equilibrado.
O DIABO
Descrição: Numa caverna escura, onde não figura a entrada para termos
uma visão da paisagem exterior, um deus toca sua flauta enquanto mantem
presos a seus pés de bode, duas criaturas humanas que dançam ao som de
sua melodia.
Simbolismo: A gruta simboliza as profundezas da natureza humana. O
homem com tórax e cabeça humanos e membros inferiores semelhantes a de
um bode, representa o medo para paralisar as iniciativas. As criaturas
humanas são o ego e a auto-estima sendo mantidos presos pelo medo.
Note-se que elas têm as mãos livres e podem se libertar, quando pararem
de dançar ao som dos apelos do medo.
Análise do arquétipo: O diabo, representa a servidão aos instintos
da natureza. Sua imagem dentro de nós sugere algo que podemos temer como
algo com o qual podemos encantar, ou seja, os impulsos sexuais e
animais que consideramos maus, justamente por sua natureza compulsiva.
Essa carta está representando tudo aquilo que tememos, odiamos e
desprezamos em nós mesmos e que, ao mesmo tempo, nos escraviza por meio
desses temores e desgostos. A carta do Diabo implica em bloqueios e
inibições - quase sempre de ordem sexual e a necessidade de confrontação
com tudo o que está oculto e vergonhoso na base da personalidade.
O DIABO
Quando aparece numa tiragem de cartas: No sentido divinatório, o
arcano implica a necessidade de um confronto com tudo o que na
personalidade seja sombrio, vergonhoso e inferior. Invoca a coragem de
encarar problemas associados a inibições, ao impulso sexual, e superar
bloqueios gerados por sentimentos sexuais escondidos, que insistem em
nos revelar inocentes e íntegros perante os outros.
Carta invertida ou não: O Diabo é a imagem da sujeição ao mais rude e
instintivo aspecto da natureza humana. Sua imagem sugere algo que
tememos, e por isso, escondemos por meio de simulações.
A TORRE
Descrição: Uma torre edificada sobre uma rocha no oceano, que está
revolto sob nuvens de tempestades, encontra-se à beira da ruína. As
águas estão procelosas sob as ordens de uma divindade que porta um
tridente.
Simbolismo: Este arcano parece avisar o desmoronamento de valores e
conceitos que mesmo parecendo sólidos, não o são e vão acabar ruindo. O
tridente na mão do deus é o instrumento que dissipa toda a ignorância.
Análise do arquétipo: Nesse momento nos deparamos com o famoso
Labirinto de Minos, destruído por um terremoto quando o irado Poseidon
surgiu das águas para deitar abaixo o reino. A Torre partida pelo deus
retrata a destruição de antigos padrões. Ela é a única estrutura
construída pelo homem presente nos Arcanos Maiores, e exatamente por
isso representa as estruturas tanto internas como externas que
construímos para servirem de defesa contra a vida e como esconderijo
para os aspectos negativos e menos agradáveis de nossa personalidade. De
um modo geral, a Torre é a imagem das fachadas socialmente aceitáveis
que adaptamos para esconder nossa fera interior. Ela é a estrutura dos
falsos valores ou daqueles já superados , daquela postura diante da vida
que não se origina do ser como um todo, mas que vestimos como a roupa
de um determinado personagem de uma peça, apenas para impressionar a
platéia. A Torre também representa as estruturas que construímos no
mundo externo para completar o nosso eu incompleto.
15/08/2011 Publicada por Enamorados
A TORRE
Quando aparece numa tiragem de cartas: Num jogo ela prenuncia a quebra
ou o rompimento de formas e estruturas vigentes. Essa carta da mesma
forma que a Morte e o Diabo, depende muito da atitude do indivíduo
frente às dificuldades e ao sofrimento numa separação. Contudo, a Torre
cairá ainda assim independente de nossa vontade, não por causa de obra
do destino, mas porque algo dentro do indivíduo atingiu o ponto de
ebulição e já não pode ser contido.
Carta invertida ou não: Prevê a derrubada de formas existentes e
depende muito da atitude do indivíduo de lidar com a torre que desabará
de qualquer maneira, independente da nossa vontade, não por causa de uma
fatalidade, mas porque algo no indivíduo atingiu um ponto insuportável.
O tridente e a presença da divindade no acontecimento indica a
derrubada de nossas defesas e a liberação das partes confinadas.
A ESTRELA
Descrição: Despida, uma bela jovem ajoelhada abre uma caixa e de
dentro saem várias criaturas aladas. A jovem não se fixa nelas, dirige
sua atenção a uma linda figura, de vestes esvoaçantes no céu e que
segura um arco-íris, está circundada por uma estrela cintilante. A
estrela se reflete numa poça d'água no chão.
Simbolismo: O arcano representa a esperança, a fé no que há de vir, a certeza de atingir um objetivo.
Análise do arquétipo: A imagem é símbolo de uma parte do ser humano
que, a despeito das frustrações e desapontamentos, da depressão e das
perdas, ainda tem forças para se agarrar ao sentido da vida e ao futuro
que poderá superar a infelicidade do passado. Ela não representa apenas
a convicção nos planos futuros, ou a solução dos problemas individuais,
ou somente a estrela-guia. A Estrela é uma carta de espera, pois a
esperança é uma tênue luz que brilha e nos guia, porém não dissipa a
escuridão da vida. A esperança é algo profundo e misterioso, pois parece
transcender qualquer experiência que a vida nos ofereça sob a forma de
catástrofe .
A ESTRELA
Quando aparece numa tiragem de cartas: Sempre que a Estrela surgir é
indício de esperança, de fé em meio às atribulações. Porém, a esperança
também pode ter duplo sentido de prevenir contra a fé cega que não
contém nenhuma ação. Ela é um indício de significado em meio a
dificuldades. A lâmina da Estrela anuncia o advento de promessas, uma
experiência positiva.
Carta invertida ou não: Pode indicar decepção, melancolia e perda,
presas a um sentido de significado e de futuro que surge da infelicidade
passada. Pode prevenir contra a esperança cega que não prevê qualquer
ação necessária. A Estrela recomenda a espera.
A LUA
Descrição: Uma mulher e um cão, ambos de três cabeças. No chão água e um caranguejo. Acima a lua.
Simbolismo: O mistério mostra a dúvida, a hesitação, a confusão, a
possibilidade de alternativas, a dúvida na escolha. A água e o
caranguejo indicam a necessidade de prudência, meditação e calma nessa
escolha, porque o cão é aquele que guarda as portas do inferno.
Análise do arquétipo: Representa as profundezas fluidas do
inconsciente. Ela representa um progresso na compreensão e na
experimentação do mundo inconsciente. É a partir desse reino oceânico da
imaginação humana que os grandes mitos e símbolos religiosos ou mesmo
as grandes obras de arte são produzidos ao longo dos séculos. Esse é um
mundo caótico, sem fronteiras, do qual o indivíduo representa, em sua
viagem pessoal na busca de identidade, apenas uma pequena parte. O
encontro com a Lua, é o confronto com um mundo transpessoal, onde os
limites individuais estão diluídos, onde o ego e o sentido de direção
ficam perdidos. É como se tivéssemos que esperar submersos nas águas
desse mundo até que novos potenciais pudessem emergir e se transformar
em nosso futuro. A carta da Lua é a carta da gestação , cheia de
conflitos, de ansiedade e de confusões, de flutuações e de incertezas.
Estamos a beira do inconsciente e não podemos fazer nada além de esperar
e nos agarrar às imagens dos sonhos com uma vaga sensação de esperança e
fé.
A LUA
Quando aparece numa tiragem de cartas: Essa imagem do feminino é vaga,
ilusória, impessoal e incorpora humores alternados. O encontro com o
arcano é uma confrontação com o mundo transpessoal no qual se dissolve o
sentido de direção.
Carta invertida ou não: Algo passou por nós e levou consigo o
passado preparando o caminho adiante sem conhecimento e compreensão. Mas
devemos esperar, como o feto espera no útero da mãe.
O SOL
Descrição: Um jovem com asas, segura uma lira de ouro numa das mãos e
um arco na outra. Atrás dele se pode ver um portal dourado, e ao fundo,
estão pés de louro. Na cabeça o rapaz tem uma coroa de louros, e por
trás da cabeça se vêem um disco iluminado por raios, é o disco solar.
Simbolismo: Esse arquétipo está relacionado com o esclarecimento, a
clareza, o entendimento: é a confiança e a certeza, o princípio
masculino.
Análise do arquétipo: É a representação de força do consciente para
dissipar a escuridão. O arcano personifica algo maior do que a
capacidade individual de obter conhecimento e lucidez de idéias. O Sol é
a imagem da ânsia pela consciência presente na vida de todos, sendo
conseqüentemente, o complemento natural. O mistério surge para dissipar
todo medo e angústia e eliminar todas as sombras e dúvidas com seus
raios de luz. A carta do Sol simboliza o espírito indomável que sempre
lutou contra as superstições, a ignorância, o conformismo e contra a
servidão ao fatalismo e ao desespero. Essa carta indica um período de
clareza, nesse momento, pode-se compreender as estruturas, planejar o
futuro e seguir adiante.
O SOL
Quando aparece numa tiragem de cartas: O encontro com o Sol dissipa a
sombra do medo. O Sol é a herança humana de nobreza e determinação. A
carta prevê um tempo de otimismo e confiança renovada. Torna possível
empreender o caminho para frente. Dá posse de antevisão do propósito
humano a elevar-se. É o grande princípio masculino da vida que age no
progresso de nossas metas.
Carta invertida ou não: Luz em demasia pode ofuscar a visão e
destruir prematuramente o tempo necessário e a penumbra em que as coisas
devem ser geradas. O calor do Sol intenso pode sufocar, pois ele não
respeita as leis da natureza.
O JULGAMENTO
Descrição: Na parte baixa da escura escadaria, entre duas colunas
negra e branca, um homem porta um caduceu. Ele é divino e sobre seus pés
estão urnas mortuárias de onde saem múmias que se voltam para ele. Ao
alto, a escada abre-se para uma paisagem de trigais, e ao fundo vê-se
uma queda d'água, cuja nascente flui das montanhas e forma um lago, ao
redor do qual há um arboredo.
Simbolismo: A escada são os degraus da consciência e compreensão. As
colunas simbolizam a ambiguidade da natureza humana: boa e má. As
múmias ressurretas simbolizam as ações do passado que têm que ser
revistas. O caduceu é um símbolo muito antigo encontrado na Índia
gravado nas lápides de pedra denominadas nagakals que aparecem na
entrada dos templos, simbolizando uma espécie de ex-votos. O caduceu é
um bastão entrelaçado com duas serpentes que lutam, se enroscando no
bastão. Na parte superior tem duas pequenas asas ou um elmo alado. Os
romanos utilizavam o caduceu como símbolo do equilíbrio moral e da boa
conduta: o bastão expressa o poder; as duas serpentes, a sabedoria; as
asas,a diligência; o elmo é emblemático de pensamentos elevados. O
arcano convida a auto-análise para compreender os acontecimentos
presentes. É uma simbologia da direção das almas para a pesagem dos prós
e contras de suas ações. A paisagem campestre, denota o despertar para
um período fértil e promissor.
Análise do arquétipo: O Julgamento reflete o processo que ocorre em
determinados momentos críticos da vida, ou seja, uma somatória de
experiências passadas que se juntam para compor um grande mosaico.
Representa também as conseqüências daquelas experiências e a necessidade
de compreendê-las e aceitá-las. Esse somatório não é uma função
intelectual propriamente dita, mas uma espécie de "cozimento", de
amadurecimento dos ingredientes "turvos" do inconsciente. É o chamado
para que o morto desperte para as várias decisões e ações que
realizamos, juntando todos os frutos e fazendo a colheita. O Julgamento
não é somente a imagem de um novo começo, mas é o início que emerge do
passado.
O SOL
Quando aparece numa tiragem de cartas: O encontro com o Sol dissipa a
sombra do medo. O Sol é a herança humana de nobreza e determinação. A
carta prevê um tempo de otimismo e confiança renovada. Torna possível
empreender o caminho para frente. Dá posse de antevisão do propósito
humano a elevar-se. É o grande princípio masculino da vida que age no
progresso de nossas metas.
Carta invertida ou não: Luz em demasia pode ofuscar a visão e
destruir prematuramente o tempo necessário e a penumbra em que as coisas
devem ser geradas. O calor do Sol intenso pode sufocar, pois ele não
respeita as leis da natureza.
O MUNDO
Descrição: A serpente que engole a própria cauda, simboliza a
eternidade. No centro uma figura humana com duas cabeças: uma masculina e
outra feminia. Nas mãos bastões de ouro. Nos ângulos da lâmina: a
espada, a tocha, a taça, o pentagrama.
Simbolismo: Este mistério representa a vitória, é a imagem da
auto-suficiência. As duas cabeças no mesmo corpo e os símbolos dos
elementos mostram que a pessoa tem em si as potencialidades para atingir
seus objetivos. Esta é a carta da realização e da totalização.
Análise do arquétipo: A carta retrata a imagem da experiência de
sermos inteiros, completos. Masculino e feminino representam a
harmonização de energias. São as grandes polaridades que circundam todos
os opostos da vida. Ele se realiza em razão das várias experiências
dessa viagem dos Arcanos Maiores que conduzirão o indivíduo a
totalização do próprio ser. As qualidades do cuidado maternal e do
código de ética paternal, da intuição e da expressão física, da mente e
do sentimento, do relacionamento e da solitude, do conflito e da
harmonia, do espírito e da matéria, todos estes opostos que
continuamente lutam dentro de nós e que, justamente por causa dessa
grande batalha conseguem aperfeiçoar nossa personalidade, estão contidas
na carta do Mundo, unidos, convivendo harmonicamente dentro do grande
círculo da Serpente que simboliza a vida perene.
O MUNDO
Quando aparece numa tiragem de cartas: Essa carta implica num período
de realizações e de totalização. É o momento de sucesso, da finalização
positiva de um processo ou de uma questão; o instante de alcançarmos um
objetivo, de atingirmos um ideal pelo qual lutamos durante muito tempo.
Quando O Mundo aparece numa tiragem de cartas prevê um tempo de
realização e de integração. Essa é uma fase de triunfo da bem-sucedida
conclusão de um assunto, ou realização de um objetivo que foi duramente
trabalhado.
Carta invertida ou não: Não omitindo Órobos, a serpente que come a
própria cauda, contornando a imagem de Hermafrodito/Salmácis, lembremos
que a serpente é o símbolo primordial que mais fortemente encerra toda
uma complexidade de arquétipos. A cobra que morde sua cauda e não pára
de girar sobre si mesma, evoca a roda da vida à qual estamos presos, bem
representada por este arcano. Logo, considerando o tempo como um
círculo, temos de encarar que tudo o que acontece já aconteceu antes e
voltará a acontecer; o que não aconteceu não acontecerá jamais. (visite:
http://www.amigodaalma.com.br/2009/12/27/o-simbolismo-da-serpente/ )
Fonte:
http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=6888749973402702177#editor/target=post;postID=5309483044591895852
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